Notícia
Encomendas à Embraer em máximos de 2017
O aumento do número de pedidos no segundo trimestre foi impulsionado pela área de aviação comercial, com destaque para os pedidos da companhia aérea estatal Mexicana de Aviación. Número de entregas aumentou 88% e inclui uma aeronave para a Força Aérea Portuguesa.
Desde 2017 que a Embraer não recebia tantas encomendas. No segundo trimestre do ano, a empresa brasileira aumentou em 88% o número de entregas de aeronaves e a carteira de encomendas superou os 20 mil milhões de dólares (cerca de 18 mil milhões de euros), o valor mais elevado dos últimos sete anos.
De abril a junho, a fabricante entregou 47 aeronaves, das quais 27 para aviação executiva, 19 para o segemto comercial e na área da Defesa entregou 1 C-390 Millennium, à Força Aérea Portuguesa.
Na carteira de pedidos, que tal como na Airbus têm aumentado após a crise da Boeing, o maior crescimento ocorreu na aviação comercial, enquanto a maior queda ocorreu em Defesa e Segurança.
No segmento da aviação comercial, foram registadas encomendas 11,3 mil milhões de dólares (perto de 11,3 mil milhões de euros), o que traduz um aumento de 2%.
O principal destaque do período foi a ordem de 20 jatos E2 pela Mexicana de Aviación – companhia aérea estatal do México. "O pedido inclui 10 E190-E2 e outros 10 E195-E2, com entregas iniciais previstas para o segundo trimestre de 2025", detalha a Embraer no comunicado dos resultados relativos ao segundo trimestre.
Outro destaque foi a entrega e início das operações do primeiro E190-E2 para a Scoot – subsidiária da Singapore Airlines (SIA). "Além disso, a Embraer alcançou outro marco importante: a entrega do seu 1.800o E-Jet em maio. A aeronave foi entregue à empresa de leasing Azorra e será operada pela Royal Jordanian Airlines", destaca a fabricante.
Já na aviação executiva, a carteira teve um aumento marginal, de 1%, encerrando o segundo trimestre com 4,6 mil milhões (4,2 mil milhões de euros).
No campo da Defesa & Segurança, o destaque foi a entrega do segundo C-390 Millennium à Força Aérea Portuguesa (FAP). "Em 2019, a FAP encomendou 5 KC-390, incluindo um pacote abrangente de serviços e suporte e um simulador de voo. A primeira aeronave entrou em serviço em outubro de 2023 na Base Aérea de Beja", detalha a empresa.
No total, a carteira de pedidos firmes deste segmento diminuiu 10% no trimestre em análise para 2,1 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros). Mas a Embraer explica ainda que a "seleção do C-390 por alguns países da Europa ainda não foi incorporada ao "backlog" [quantidade de pedidos pendentes], o que representa uma fonte significativa de crescimento potencial para os próximos trimestres".
No período em análise, as receitas da fabricante brasileira totalizaram 1,2 mil milhões de euros no trimestre, ou seja, um aumento de 76% em relação ao trimestre anterior, impulsionado pela aviação comercial. Este segmento registou um aumento dos proveitos de 190%.
Em Portugal, a Embraer é acionista da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital.