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EasyJet quer angariar 1,4 mil milhões de euros após rejeitar oferta de aquisição
Companhia de baixo-custo rejeitou proposta por entender que subvalorizava o negócio e optou por recorrer a aumento de capital para acelerar plano de recuperação pós-covid-19.
A britânica easyJet rejeitou uma oferta de aquisição e vai angariar 1,2 mil milhões de libras (1,4 mil milhões de euros) junto dos seus acionistas para financiar a recuperação pós-pandemia e expandir as operações.
A companhia aérea de baixo custo indicou que a oferta de aquisição iria subestimar o valor do negócio e que o potencial comprador declarou, entretanto, ter perdido o interesse no negócio.
Com a emissão de ações, a empresa procura fortalecer o balanço patrimonial e tirar vantagem das crescentes oportunidades da expectável recuperação do mercado da aviação na Europa nos próximos anos.
Segundo o CEO da transportadora, Johan Lundgren, o aumento de capital vai permitir à easyJet acelerar o seu plano de recuperação pós-covid-19 e posicioná-la para aproveitar oportunidades estratégicas de investimento, como expandir a presença em aeroportos importantes, através da compra de mais "slots" (permissão para aterrar e levantar voo num determinado horário).
"Este aumento de capital vai dar-nos a possibilidade de desenvolver os nossos pontos fortes em termos operacionais, bem como a rede estratégica para os nossos clientes, e também acelerar, a longo prazo, a criação de valor para os nossos acionistas", afirmou, citado pela Reuters.
A easyJet pretende roubar quota de mercado ao grupo IAG, proprietário da British Airways (que alegadamente terá sido pretendente da easyJet), bem como à Air France-KLM, numa altura em que reestruturam as operações de curta distância.
Ao abrigo da emissão de direitos, os acionistas vão poder comprar 31 novas ações para cada 47 ações detidas a um preço de 4,1 libras cada, um desconto de 35,8% sobre o preço teórico sem direitos de 6,38 libras por ação de 8 de setembro, indicou a easyJet.
A emissão de ações é subscrita através do BNP Paribas, Credit Suisse, Goldman Sachs, Santander e Societé Generale.