O número de assentos disponíveis no mundo todo caiu para 26,6 milhões esta semana, contra 109 milhões no mesmo período do ano passado, apesar da anterior estimativa da OAG de que o mercado poderia atingir o seu ponto mínimo em torno dos 30 milhões de assentos.

"Estão a impor-se cortes drásticos a essas pequenas doses de otimismo", escreveu John Grant, analista da OAG, no seu blogue semanal. "Cerca de 270 companhias aéreas aumentaram a capacidade em aproximadamente 3,9 milhões de assentos; infelizmente, 303 companhias aéreas reduziram a capacidade em cerca de 5,6 milhões, incluindo mais de um milhão de lugares a menos na Southwest Airlines".

A redução afetou especialmente os grandes aviões, sem voos programados para o A380, da Airbus. Em termos globais, os voos internos representam mais de 82% de todos os assentos, acrescentou.

O nordeste da Ásia continua a ser o maior mercado regional do mundo. A capacidade aumentou 6% em relação à semana passada, segundo a OAG. Na China, foram adicionados quase 900 mil lugares devido ao alívio nas restrições de viagens. Além disso, as companhias aéreas estão a tentar impulsionar a procura com tarifas mais baratas.

A China Eastern, com sede em Xangai, é uma das três grandes aéreas estatais, juntamente com a China Southern Airlines e a Air China. O trio registou fortes perdas no primeiro trimestre, segundo números divulgados na semana passada. Mas o aumento de capacidade para os feriados nacionais que terminam na terça-feira ajudou a alimentar apostas de recuperação. Na semana passada, a empresa de análise de voos Cirium disse que os primeiros sinais de recuperação na China indicam esperança para o setor da aviação.