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Christine Ourmières-Widener vai trabalhar para a dona da Air Caraibes
A antiga CEO da TAP vai substituir Marc Rochet na presidência executiva do grupo francês Dubreuil, dono da Air Caraibes e da low cost French Bee.
Christine Oumières-Widener vai voltar a trabalhar em França. A antiga CEO da TAP, envolvida na polémica saída de Alexandra Reis, vai substituir Marc Rochet na presidência executiva do Grupo Dubreuil, dono das companhias aéreas Air Caraibes e French Bee. A informação foi revelada por alguns sites especializados do setor da aviação franceses e confirmada pelo Negócios junto de fontes do processo.
A gestora foi demitida por justa causa no passado dia 6 de março, após as conclusões do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre o pagamento da indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis - considerado ilegal por não cumprir as regras dos gestores públicos. Uma decisão que a gestora já admitiu vir a contestar judicialmente.
Pouco mais de três meses depois, a antiga CEO da TAP, que conseguiu deixar a empresa com lucros três anos antes da data estipulada no plano de reestruturação acordado com Bruxelas, aceitou ir trabalhar para o Grupo Dubreuil, que tem vários negócios além da aviação, entre os quais energia, automóvel e maquinaria agrícola.
Recorde-se que o contrato de Christine Ourmières-Widener previa que a TAP pudesse ter de pagar metade do seu salário mensal para evitar que a gestora fosse trabalhar para uma companhia aérea concorrente.
As 15 empresas concorrentes da TAP, que constam no contrato, são a Ryanair, Easyjet, Air France, KLM, Alitalia, Iberia, Lufthansa, Azul, Latam, Swiss, Turkish Airlines, British Airways, American Airlines, Delta Airlines e United Airlines. Ou seja, ao aceitar o novo desafio não está a incumprir o acordado.
Nos termos do contrato, assinado em 8 de junho de 2021, no anexo D - intitulado "cláusulas restritivas pós-rescisão" - pode ler-se que, após a rescisão do contrato, a gestora não poderá, direta ou indiretamente, por conta própria ou de terceiros, prestar serviços ou trabalhos para qualquer pessoa ou entidade que, na data da rescisão ou nos 12 meses anteriores a essa data, seja concorrente da TAP nos países em que esta empresa tenha operações.