A companhia aérea chinesa Hainan Airlines, que integra o grupo HNA que por sua vez tem uma participação na TAP, pretende desembolsar 4,2 mil milhões de dólares (mais de 3,7 mil milhões de euros no câmbio actual) para adquirir 19 aviões, escreve o Financial Times (FT). Com esta operação, a companhia aérea chinesa ficará com uma frota de 257 aeronaves.

Nos documentos regulatórios, a empresa explica que a operação vai ser financiada em parte pela emissão de obrigações no valor de 2,2 mil milhões de dólares (mais de 1,9 mil milhões de euros no câmbio actual). Além disso, a expectativa da empresa, adianta o jornal, é que a frota gere uma receita anual de 5,1 mil milhões de yuan, o que vai ajudar a expandir as suas rotas aéreas.

Esta aquisição de novos aparelhos não é a única que o grupo chinês levou a cabo. Em meados de Abril foi noticiado que o grupo chinês HNA já gastou mais de 40 mil milhões de dólares em compras de empresas nos últimos dois anos. As contas foram feitas pelo Financial Times, depois de um negócio de mil milhões de dólares com a CWT, dedicada a armazéns e serviços de logística e com sede em Singapura.

A publicação recorda que o grupo chinês já esteve, desde o início de 2017, ligado a uma dúzia de processos de fusão e aquisição. Os activos do grupo HNA passam pelo turismo, hotelaria, companhias aéreas, área financeira, imobiliário e logística. Segundo a análise do Financial Times, este percurso de compras sucessivas tem deixado banqueiros e reguladores desconfiados, a tentar perceber a origem do capital.

Em Julho do ano passado, os chineses da HNA subscreveram 30 milhões de euros em obrigações convertíveis da TAP, através da companhia aérea Azul. O grupo é accionista desta companhia aérea de David Neeleman, accionista do consórcio Atlantic Gateway, onde também marca presença.