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CDS questiona Governo sobre cancelamentos na TAP, PCP sobre a greve na Ryanair
O CDS quer saber as razões que levaram a TAP a cancelar mais de 30 voos nos últimos dias e as opções que estão a ser dadas aos passageiros. O PCP, por seu lado, levanta junto do Governo questões sobre o direito à greve na Ryanair.
O CDS questionou o Governo sobre os motivos pelos quais a TAP cancelou nos últimos dias mais de 30 voos a partir do aeroporto de Lisboa e que medidas foram já tomadas pelo Executivo no sentido de resolver a situação.
Numa pergunta escrita ao Executivo, o deputado centrista Hélder Amaral pergunta ainda que opções estão a ser dadas aos passageiros afectados por estes cancelamentos, referindo as noticias divulgadas pela agência Lusa que deram conta de um total de 36 voos cancelados em Lisboa desde segunda-feira de manhã.
"Alegadamente, os pilotos da TAP recusam trabalhar em dias de folga e de descanso semanal, explicação que não foi, no entanto, confirmada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) quando confrontado pelos jornalistas", afirma o deputado, que lembra as obrigações de serviço público, designadamente para regiões ultraperiféricas, como Açores e Madeira.
Já o PCP questionou igualmente o Executivo sobre uma situação que está a envolver a Ryanair, que esta quinta-feira, 29 de Março, realiza a primeira greve dos tripulantes portugueses.
Numa pergunta dirigida ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o deputado comunista Bruno Dias questiona que medidas vai adoptar o Governo para obrigar a Ryanair a cumprir a legislação portuguesa na sua base em Portugal.
Acusando a multinacional de violação dos direitos dois trabalhadores, o deputado acusa o Estado de ter adoptado até agora "uma postura de total passividade".
"A Ryanair recusa-se a respeitar a Constituição da República Portuguesa, impondo contratos ilegais, onde proíbe a sindicalização ou a greve", afirma Bruno Dias, que questiona o Executivo sobre o seu posicionamento.
O Sindicato Nacional Do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) convocou uma greve de tripulantes de cabine da Ryanair para esta quinta-feira, domingo de Páscoa e quarta-feira, 4 de Abril, depois de as conversações com a transportadora se terem revelado "infrutíferas" sobre questões como o direito de parentalidade e baixas médicas.