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Caso rotas estratégicas da TAP estejam em causa, Governo assumirá rédeas da operação

Luís Montenegro garante que não vai abdicar do "hub" e das rotas estratégicas da TAP no processo de venda da companhia área. Caso isso esteja em causa, "tomaremos as rédeas dessa operação", assegurou.

Rodrigo Antunes / Lusa
27 de Setembro de 2024 às 18:53
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"Jamais abdicaremos do "hub" de Lisboa e das rotas da TAP que são estratégias". A garantia foi dada esta sexta-feira pelo primeiro-ministro, Luís Montengro, na VII Cimeira do Turismo Português, no âmbito do Dia Mundial do Turismo, quando falava sobre o processo de privatização da companhia aérea.

"Além da diáspora, há geografias que são cruciais para o futuro do país e do turismo, e se não tivermos garantias de salvaguarda dessas rotas tomaremos as rédeas de gerir essa operação", avisou.

Luís Montenegro esclareceu que não é isso que pretende nem o que está no programa de Governo, mas "é uma linha que não vamos permitir que seja ultrapassada".

"A TAP é um dos elementos mais relevantes da nossa política social e turismo", reforçou.

Durante a sua intervenção em Mafra, o primeiro-ministro deixou elogios rasgados ao setor, sublinhando a "capacidade que os empresários do turismo tiverem para vender a marca Portugal não só apenas no sol e na praia, mas aproveitando todo o potencial do património e o turismo religioso e ecoturismo", exemplificou.

Montenegro destacou ainda que a sua a visão do turismo "não se esgota no turismo", isto é, considera ser  "uma porta ou vitrine da capacidade do país se afirmar no contexto de outras áreas de atividade".

O responsável sublinhou várias vezes a importância do setor para a economia portuguesa e, dirigindo-se ao presidente da Confederação  do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, deixou a garantia que "o primeiro-ministro  é um amigo do turismo português".

O processo de privatização ficou suspendo com a queda do Governo de António Costa. Mas o Executivo de Luís Montenegro já garantiu que vai retomar o processo que já despertou o interesse da Air france-KLM, Lufthansa e IAG, dona da Iberia e British Airways.

Aliás, recentemente, o CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, e outros quatro altos responsáveis da transportadora aérea vieram a Lisboa reunir com o Governo português para manifestar que a companhia alemã está realmente interessada na privatização na TAP, independentemente do modelo que vier a ser definido para a operação.

(Notícia atualizada às 19h24)



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