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Air France-KLM reduz prejuízos
A Air France-KLM reduziu os prejuízos no primeiro trimestre deste ano. Espera um ano difícil, apesar da descida da factura de combustíveis.
A Air France-KLM reduziu os prejuízos, recuperando à custa da descida dos preços dos combustíveis. De acordo com a informação divulgada esta quarta-feira, 4 de Maio, a transportadora teve prejuízos de 155 milhões de euros, no primeiro trimestre deste ano, melhor que os 230 milhões estimados pelos analistas contactados pela Bloomberg.
Estas perdas comparam com os prejuízos de 559 milhões de euros um ano antes.
Além da redução de custos com combustíveis, a transportadora conseguiu limitar as despesas com pessoal, o que atribui às medidas de reestruturação, e acrescenta o controlo sobre a gestão da capacidade que limita as reduções nos preços dos bilhetes, segundo a Bloomberg. A companhia acrescenta que a manutenção dos preços vai ser difícil nos próximos meses com um "muito incerto" mercado.
As receitas atingiram os 5,6 mil milhões de euros, mais 0,4% que um ano antes, devido a efeitos cambiais.
Os custos operacionais caíram 4,9%, à conta da descida do preço do combustíveis. Sem este custo, os gastos teriam aumentado 2%. A factura com combustíveis foi de 1,09 mil milhões de euros, menos 25,9% que um ano antes. Para o conjunto do ano a Air France-KLM estima uma factura com combustíveis de 4,6 mil milhões de euros.
O EBITDAR (resultados antes de impostos, provisões, amortizações, juros e rendas), utilizado na aviação por causa dos custos com as aquisições em leasing de aviões, atingiu os 531 milhões de euros, uma subida de 307 milhões de euros. O EBITDA atingiu os 266 milhões de euros.
A companhia transportou um total de 18 milhões de passageiros nos três primeiros meses do ano.
No comunicado, a empresa analisa o conjunto de 2016, dizendo esperar um ano de incertezas quanto ao preço dos combustíveis, a continuação da sobrecapacidade e com o contexto vivido em termos económicos e geopolíticos em alguns dos mercados em que opera. Em consequência, "o grupo espera que as projectadas poupanças na factura com combustíveis possam ser apagadas nos próximos trimestres pela pressão nas receitas e com os impactos cambiais negativos".