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Air France-KLM fecha trimestre com prejuízos de 480 milhões
O aumento dos custos laborais e a turbulência geopolítica têm penalizado as contas das interessadas na TAP. As empresas admitem que vão ter um controlo de custos mais apertado, mas estão confiantes com os resultados do verão.
A Air France-KLM agravou os prejuízos no primeiro trimestre devido às compensações de cerca de 50 milhões que teve de pagar aos passageiros e à melhoria das condições salariais. De janeiro a março, a transportadora franco-holandesa registou resultados líquidos negativos de 480 milhões de euros, um valor que compara com os prejuízos de 143 milhões em igual período do ano passado.
O resultado operacional 183 milhões de euros abaixo do ano passado "foi impactado pelo aumento do custo unitário (243 milhões de euros) e uma diminuição das receitas de carga (157 milhões de euros), embora tenha sido parcialmente compensado por um menor consumo de combustível de aviação" e "uma receita unitária de passageiro mais elevada (124 milhões de euros)", explica a transportadora que mantém o outlook para o resto do ano, estando optimista com a operação no verão.
"Conforme previsto,o nosso resultado operacional foi impactado pelos custos de cancelamentos [de voos devido à situação geopolítica] e pela queda do negócio de carga. No entanto, continuamos confiantes na nossa capacidade de atingir a perspetiva de custos unitários para 2024", disse o presidente-executivo Ben Smith num comunicado.
Além disso, a subida dos custos foi também impactado pelo aumento dos salários em 0,8% no seguimento do novo acordo colectivo. Estes factores também se refletiram nos resultados da Lufthansa, que tal como a Air France-KLM e a IAG, tem manifestado estar interessada na privatização da TAP.
Face a estes resultados, as empresas admitem que vão ter um controlo de custos mais apertado, mas ambas estão confiantes com os resultados do verão, a melhor época para a aviação.
No primeiro trimestre, a Air France-KLM transportou 21 milhões de passageiros, um aumento de 6,2% face a 2023. Por norma, o primeiro trimestre costuma ser o mais fraco para as companhias aéreas, mas este ano incluiu a Páscoa. No ano passado, foi em abril.