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Aeroporto de Lisboa está no "limite" e existe o risco de "atrasos" nos voos

O crescimento do tráfego no aeroporto de Lisboa pode gerar atrasos, disse à Antena 1 um responsável da empresa responsável pelos serviços de controlo de tráfego aéreo.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 21 de Outubro de 2016 às 10:05
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Aterram cada vez mais aviões em Lisboa e o aeroporto pode não ter capacidade em terra para gerir este crescimento do tráfego. Existe assim o risco de começar a haver atrasos com frequência nas chegadas e nas partidas.

O alerta foi deixado pelo director de operações da região de Lisboa da NAV, José Matos, em declarações prestadas à rádio Antena 1.

"Se continuarmos com um crescimento deste género, eventualmente vamos ter de trabalhar com algumas penalizações para o tráfego e portanto criar alguns atrasos", avisou José Matos.


Lisboa tem capacidade para 42 movimentos por hora em terra, isto é, partidas e chegadas de voos a cada hora, mas o aeroporto já se encontra no seu limite com este tráfego. "Estamos no limite, esses 42 já são feitos em situações muito especiais, do próprio tráfego que utiliza o aeroporto", alerta o responsável da empresa responsável pelos serviços de controlo de tráfego aéreo.  

Com um novo aeroporto, ou com dois aeroportos a servirem a região de Lisboa, o tráfego por hora poderia aumentar dos actuais 42 para os 70 movimentos por hora.

Mas mesmo no caso da solução Portela + 1 - com Lisboa a ficar para as companhias de bandeira e a base aérea do Montijo para as companhias de baixo custo - a Força Aérea teria de ceder espaço ao aeroporto Humberto Delgado.

"Mesmo que se pense num desdobramento do aeroporto de Lisboa, necessariamente tem que haver alguma cedencia por parte da Força Aérea", apontou José Matos.

O responsável da NAV recordou que já houve casos em que o aeroporto de Lisboa pediu a cedência de espaço à Força Aérea, mas não obteve permissão.

"Uma vez ou outra ficámos com a ideia que, de facto, aquele espaço poderia ser cedido e não foi, mas de certeza que os militares tem uma justificação para isso", afirmou José Matos.
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