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Acidente do Air Astana em Beja foi causado por erro nos cabos dos ailerons

A aterragem de emergência do avião da companhia cazaque em Beja, em 2018, foi provocada por um erro na colocação dos cabos que permitiam às asas do avião virar. O relatório aponta falhas à empresa portuguesa que supervisionou a aeronave.

25 de Junho de 2020 às 11:07
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O avião de passageiros da Air Astana, uma companhia do Cazaquistão, que declarou emergência no voo e acabou por aterrar de urgência no aeroporto de Beja, em 2018, tinha malcolocados os cabos que permitem aos ailerons virar.

A conclusão é da investigação do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF), cujo relatório indica que "o sistema de comando dos ailerons da aeronave foi incorretamente instalado durante a execução dos trabalhos de manutenção pesada".

Os ailerons são as partes móveis que estão colocadas nas asas dos aviões de asa fixa, e que servem para controlar o seu movimento para ambos os lados. Uma má colocação dos cabos que permitem ao avião fazer estes movimentos sem erros, faz com que o piloto deixe de conseguir controlar na perfeição a aeronave. 

Na altura, o avião foi alvo de reparações nas oficinas da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca. A aeronave acabou por aterrar na Base de Beja pouco depois das 15h00, após cerca duas horas de voo. 
O voo KZR 1388 descolou de Alverca por volta das 13h30 e tinha como destino Minsk, capital da Bielorrúsia.

Agora, para além da falha principal nos cabos que fez o avião aterrar de emergência, o relatório do GPIAAF revelou ainda 
falhas no sistema de supervisão da OGMA, uma das principais empresas portuguesas de serviços de manutenção e fabricação do setor.

Pode ler-se na investigação que "o
s dados dos últimos anos demonstram uma alta rotatividade de pessoal associada a frequentes mudanças organizacionais, o que, segundo a opinião dos gestores do negócio, tem prejudicado as OGMA na retenção do conhecimento técnico".

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