Notícia
Vodafone próxima de vender filial espanhola à Zegona
Os termos do acordo poderão ser anunciados nos próximos dias, releva o Cinco Días. Negócio valorizaria a empresa espanhola, gerida por Mário Vaz, em 5 mil milhões de euros.
29 de Outubro de 2023 às 11:57
A britânica Vodafone está próxima de fechar a venda da filial espanhola, que tem o português Mário Vaz como CEO, ao grupo Zegona Communications, constituído por antigos gestores da Virgin Media. A notícia foi avançada pela Bloomberg e o jornal espanhol Cinco Días adianta que os detalhes do acordo poderão ser anunciados nos próximos dias.
O avanço acontece depois de em setembro a Zagona ter confirmado oficialmente estar em negociações para a compra da Vodafone Espanha, tendo a negociação dos seus títulos na bolsa britânica sido suspensa desde essa altura.
Este fim de semana, a Bloomberg avançou que o negócio está prestes a efetivar-se, devendo a operação valorizar a operadora espanhola em mais de 5 mil milhões de euros. O Cinco Días confirma também esse valor, citando fontes próximas das negociações, e frisa que dois cenários: a Vodafone poderá tentar negociar os valores das propostas feitas pelos outros interessados - entre os quais os fundos RRJ Capital, Warburg Pincus, Apax e a Apollo Global Management - ou fechar o acordo para a venda de pelo menos 50% da operadora naquele país.
No final de setembro, quando confirmou oficialmente o seu interesse na Vodafone Espanha, a Zagona admitiu estar em negociações com bancos para a obtenção de financiamento para a operação, frisando também que a operação estava ainda sujeita a "due diligence".
A Zegona, empresa fundada por antigos gestores da Virgin Media, já teve uma ampla presença no mercado espanhol, uma vez que no passado adquiriu a Telecable, vendida posteriormente à Euskaltel, grupo no qual permaneceu como acionista até à sua posterior venda à MásMóvil.
Quanto à Vodafone Espanha, que desde abril é gerida por Mário Vaz, tem somado vários resultados consecutivos de deterioração das suas contas. No último exercício fiscal, fechado no final de março, a operadora registou receitas totais 3.900 milhões de euros, menos 6,5% face ao ano anterior, à conta de um menor número de clientes e da queda da venda de equipamentos.
O mercado de telecomunicações em Espanha tem vivido uma forte reorganização nos últimos meses. Por um lado, a fusão de 18,6 mil milhões de euros entre a Orange e a MásMóvil aguarda apenas autorização da Comissão Europeia para que se concretize. Por outro lado, a Telefónica viu este ano a operadora STC, controlada pelo fundo soberano saudita, entrar no seu capital.
O avanço acontece depois de em setembro a Zagona ter confirmado oficialmente estar em negociações para a compra da Vodafone Espanha, tendo a negociação dos seus títulos na bolsa britânica sido suspensa desde essa altura.
No final de setembro, quando confirmou oficialmente o seu interesse na Vodafone Espanha, a Zagona admitiu estar em negociações com bancos para a obtenção de financiamento para a operação, frisando também que a operação estava ainda sujeita a "due diligence".
A Zegona, empresa fundada por antigos gestores da Virgin Media, já teve uma ampla presença no mercado espanhol, uma vez que no passado adquiriu a Telecable, vendida posteriormente à Euskaltel, grupo no qual permaneceu como acionista até à sua posterior venda à MásMóvil.
Quanto à Vodafone Espanha, que desde abril é gerida por Mário Vaz, tem somado vários resultados consecutivos de deterioração das suas contas. No último exercício fiscal, fechado no final de março, a operadora registou receitas totais 3.900 milhões de euros, menos 6,5% face ao ano anterior, à conta de um menor número de clientes e da queda da venda de equipamentos.
O mercado de telecomunicações em Espanha tem vivido uma forte reorganização nos últimos meses. Por um lado, a fusão de 18,6 mil milhões de euros entre a Orange e a MásMóvil aguarda apenas autorização da Comissão Europeia para que se concretize. Por outro lado, a Telefónica viu este ano a operadora STC, controlada pelo fundo soberano saudita, entrar no seu capital.