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Vodafone: preocupações da AdC sobre compra da Nowo "são infundadas"

A Autoridade da Concorrência abriu esta quarta-feira uma investigação aprofundada à fusão das duas operadoras por considerar que não estão excluídos "impactos nefastos" nos consumidores. Vodafone discorda e diz que vai continuar "a cooperar" com a autoridade para "uma melhor compreensão" do negócio.

05 de Abril de 2023 às 19:54
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A Vodafone Portugal discorda da decisão da Autoridade da Concorrência (AdC), que decidiu abrir uma investigação aprofundada à compra da Nowo pela operadora britânica, considerando que as preocupações identificadas são "infundadas".

"A Vodafone Portugal não concorda com a avaliação feita pela Autoridade da Concorrência, refletida na decisão de passagem a investigação aprofundada e, por isso, irá continuar a cooperar com esta autoridade, disponibilizando toda a informação relevante ao seu dispor que possa contribuir para uma melhor compreensão, por parte da Autoridade da Concorrência, do setor das comunicações eletrónicas em Portugal e da operação em causa, de forma a refutar as preocupações identificadas na decisão", afirmou fonte oficial da Vodafone Portugal ao Negócios.

A empresa, que desde 1 de abril é liderada por Luís Lopes, diz, contudo, estar confiante de que a AdC "concluirá que as preocupações identificadas são infundadas".

Num comunicado esta quarta-feira divulgado, a Autoridade da Concorrência afirma que não é possível excluir que a referida "operação de concentração resulte em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou em parte substancial deste, prejudicando os consumidores". 

A AdC refere que a operação em causa pode gerar "um conjunto de efeitos unilaterais e coordenados, com impacto nefastos para os clientes de telecomunicações" no país. Entre estes, detalha, está "a aquisição do operador que, atualmente, apresenta ofertas com preços comparativamente baixos" e o "reforço de barreiras à entrada e à expansão no mercado, uma vez que a Vodafone 'herdará' o controlo sobre espetro reservado a novos entrantes, como a Nowo, eliminado, assim, a possibilidade de utilização do mesmo por outros operadores distintos dos já presentes no mercado".

Além destes, aponta também como efeito indesejável "estarem reunidas as condições necessárias para um aumento da probabilidade, da sustentabilidade e do grau de coordenação de comportamentos por parte da Meo - que é detida pela Altice, da Nos e da Vodafone, resultando no potencial alinhamento de ofertas destes operadores com impactos nefastos para os clientes".

O acordo para fusão das duas operadoras foi anunciado a 30 de setembro.


Notícia atualizada às 20h00

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