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Tráfego de internet móvel dispara 31,4% até Setembro
O número de utilizadores de banda larga móvel aumentou 12,2% para 6,14 milhões. As receitas das operadoras com este serviço seguiram a mesma tendência, tendo crescido 12,8% para 258,4 milhões até Setembro.
O número de portugueses subscritores de serviços de internet não pára de aumentar. De Julho a Setembro os utilizadores de banda larga móvel aumentaram 12,2% para 6,14 milhões e os clientes de internet fixa ultrapassaram os 3,3 milhões (+8,2%), de acordo com os dados divulgados pela Anacom esta quarta-feira, 21 de Dezembro.
O tráfego de acesso à internet através dispositivos móveis seguiu a mesma tendência tendo aumentado 31,4%, com cada cliente a consumir, em média, 1,93 GB por mês. Um valor "significativamente inferior ao tráfego médio da banda larga fixa", que aumentou 24,7% em relação ao trimestre anterior. "O tráfego gerado pelos clientes activos de acesso à Internet em banda larga móvel através de tablet/PC, em termos médios, era de 10,3 GB por cliente e por mês", detalha o regulador.
No total, o tráfego de acesso à Internet em banda larga aumentou 10%, sobretudo devido à subida de 9% do tráfego da banda larga fixa, que representa cerca de 94,7% do total.
No caso da banda larga móvel, 41,3% dos clientes pertenciam à Meo, que viu a sua quota diminuir 1,7 pontos percentuais face ao trimestre homólogo. Seguem-se a Nos com 30,8% e a Vodafone com 27,4%. A quota registada no final de Setembro pela operadora liderada por Miguel Almeida representa uma subida de 3,3 pontos percentuais, enquanto a da Vodafone traduz uma queda de 1,8 pontos percentuais.
A Cabovisão, que lançou uma oferta comercial de banda larga móvel em Abril deste ano, fechou Setembro com 0,4%.
No que toca à quota de mercado nos acessos fixos, a Meo também lidera com 41,8% apesar de ter registado uma queda de 3,2 pontos percentuais, seguindo-se a Nos com uma quota de 37,2% (mais 1,2 pontos percentuais) e a Vodafone com 16,7% (mais 2,7 pontos percentuais). O grupo APAX (dono da Cabovisão, agora Nowo, e da Oni) tinha 4,1% dos acessos.
A entidade liderada por Fátima Barros sublinha que "no final do terceiro trimestre de 2016, as redes de nova geração que permitem internet fixa em banda larga eram utilizadas por 67,3% das famílias portuguesas".
Além disso, a fibra óptica, com 1,014 milhões de acessos, "passou a ser a segunda principal forma de acesso à banda laga fixa, com 30,5% do total, a seguir à rede de cabo, que ainda representa a maioria dos acessos, 1,1 milhões ou 33,1% do total". Desta forma, o ADSL passou a ser a terceira forma de acesso à banda larga fixa, com 29% dos acessos.
A Anacom estima que "no final de Setembro cerca de 98,6% dos clientes do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa tenham adquirido o serviço no âmbito de um pacote de serviços".
Quanto às receitas, o serviço de acesso à Internet fixo (stand-alone e de pacotes de serviços que incluem este serviço) totalizaram, nos primeiros nove meses de 2016, cerca de 1,25 mil milhões de euros, mais 12,1% que no período homólogo.
Os proveitos do segmento móvel atingiram os 258,4 milhões, um valor superior em 12,8% ao registado no período homólogo.