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Subscrição de pacotes de telecomunicações cresce mais de 2% até setembro
As ofertas com três ou mais serviços continuam a liderar mas as receitas registaram o crescimento anual mais baixo desde final de 2022. No final do terceiro trimestre, as subscrições de ofertas de apenas internet fixa representavam apenas 1,1%, segundo dados do regulador.
O número de subscritores de pacotes de serviços atingiu os 4,7 milhões no final do terceiro trimestre, trata-se de um aumento de 2,1% face ao mesmo período do ano anterior. Os dados divulgados esta sexta-feira pelo regulador dos setor de telecomunicações (ANACOM) ainda não incluem a Digi que lançou a sua oferta comercial este mês.
A entidade liderada por Sandra Maximiano explica que o crescimento está sobretudo associado às ofertas 4/5P - que além de telefone fixo, internet e televisão incluem um ou 2 telemóveis. Esta modalidade de oferta foi a mais utilizada, contando com 2,7 milhões de subscritores (57,6% do total de subscritores de ofertas em pacote), seguindo-se as ofertas 3P - telefone fixo, televisão e internet fixa - com 1,6 milhões de subscritores (33,8%). Aliás, este último tipo de oferta registou o maior decréscimo anual desde 2015 (-5%).
O regulador detalha ainda que "no final do terceiro trimestre de 2024 cerca de 85,7% dos acessos fixos foram comercializados em pacote, diferenciando-se por serviço: 83,5% nos acessos do serviço telefónico fixo, 96,4% de acesso à Internet em local fixo e 98,1% nos acessos do serviço de distribuição de sinais de TV por subscrição". Nos acessos móveis, as ofertas em pacote registaram uma menor proporção (35,7%).
Restringindo a análise ao segmento residencial, as ofertas "single-play", apenas com um serviço, representavam 1,1% do total de acessos residenciais de internet fixa e 2,6% do total de acessos de telefone fixo.
Receitas abrandam
Entre janeiro e setembro de 2024, as operadoras de telecomunicações encaixaram 1.679 milhões de euros de receitas com os serviços em pacote (valores sem IVA). Este valor representa um aumento de 6,9% face ao ano anterior, mas "trata-se do crescimento anual mais baixo desde o final de 2022", sublinha a Anacom. A receita média mensal por subscritor de pacote foi de 39,70 euros, mais 4,5% face ao período homólogo.
No que toca à distribuição de quotas, a Meo continua a liderar no número de subscritores de serviços em pacote com 41,8%, seguindo-se a Nos com 35%, a Vodafone com 20,6% e a Nowo - entretanto comprada pela Digi - com 2,6%. Face ao trimestre homólogo, a Meo e a Vodafone aumentaram a sua quota de subscritores em 0,4 pontos percentuais (p.p.) e 0,1 p.p., respetivamente, enquanto na Nos e na Nowo diminuíram 0,3 p.p e 0,2 p.p..