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STPT quer CEO da Altice Portugal a esclarecer potencial venda
O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice pediu a presença de Ana Figueiredo na próxima ronda de negociações do Acordo Coletivo de Trabalho, que acontece a 5 de janeiro do próximo ano. "Possível venda a um fundo de investimento cria o risco imediato de reestruturações e de demissões de trabalhadores", justifica o STPT.
"Diariamente os trabalhadores da Altice Portugal são confrontados com notícias constantes da vontade de alienar a própria Altice Portugal, a fim de reduzir a dívida do grupo perante os acionistas e os obrigacionistas (...) é determinante este esclarecimento", justifica o STPT em comunicado.
De acordo com a Bloomberg, Patrick Drahi, acionista maioritário do grupo Altice, poderá começar a receber propostas por diferentes ativos, entre os quais a Altice Portugal, ainda antes do Natal. Ou seja, esta semana. Entre os interessados na dona da Meo, segundo o meio de comunicação, estará a Saudi Telecom, que é maioritariamente controlada pelo fundo soberano da Arábia Saudita.
"Quando uma empresa é vendida é comum os trabalhadores experimentarem incertezas sobre o futuro do seu emprego e posto de trabalho. É, por isso, fundamental que os responsáveis pela gestão da comissão executiva comuniquem de maneira clara e transparente com os trabalhadores, dando a conhecer quais os planos para o futuro da Altice Portugal", indica o STPT, acrescentando que a "possível venda a um fundo de investimento cria o risco imediato de reestruturações e de demissões de trabalhadores".
O sindicato entende, por isso, que o procedimento e desenvolvimento negocial "dependem" desse esclarecimento.