Os sindicatos representativos dos trabalhadores da PT Portugal estiveram reunidos com a Altice, para questionar a empresa sobre as suas intenções de compra da companhia que tem a marca Meo.

A preocupação dos sindicatos é, em particular, o que tenciona a Altice, se adquirir a PT Portugal, fazer em relação aos trabalhadores. Na reunião, em que esteve o próprio Dexter Goei, presidente executivo da Altice, e Armando Pereira, accionista da Altice, entre outros, os sindicatos ouviram o que queriam: que a base de diálogo e negociação é para manter.

No entanto, o STPT (Sindicato dos Trabalhadores do grupo PT) entregou uma carta ao grupo Altice pedindo respostas até ao final do ano. E nas questões colocadas, o sindicato quer saber se em caso de redução de efectivos, qual a estratégia que o grupo francês vai adoptar, lembrando que a empresa ao longo dos anos de sucessivas reduções de postos de trabalho sempre optou pela negociação e nunca enveredou por um despedimento colectivo.

O sindicato quer, ainda, saber se os acordos de pré-reforma e suspensão de contratos vão ser respeitados e cumpridos. E se a contratação colectiva vai ser respeitada e privilegiada em negociações futuras.

O sindicato pediu, ainda, que lhe fosse comunicado o "projecto para a PT Portugal", nomeadamente a sua natureza industrial, a autonomia, localização do centro de decisão e o perímetro internacional. Ainda que a Altice tenha garantido aos sindicatos que a PT Portugal não ia ser desmembrada e que pretendia voltar a investir, criando inclusive postos de trabalho. A Altice colocou, nesta reunião, ênfase na capacidade tecnológica da PT Portugal, nomeadamente a sua inovação na PT Inovação e em Aveiro.

Quanto ao aumento do endividamento da Altice, com esta eventual compra, a empresa francesa admitiu esperar que os capitais gerados pela operação da PT Portugal possa permitir a diminuição dessa dívida. 

A Altice fechou um contrato de compra e venda com a Oi para ficar com a PT Portugal, negócio que, no entanto, está pendente da assembleia-geral de accionistas da PT SGPS, marcada para 12 de Janeiro. A Altice ofereceu 7,4 mil milhões de euros pela PT Portugal.