"O STPT propõe que seja deliberada a suspensão da sessão da assembleia-geral, devendo a mesma ter continuação no prazo máximo de 90 dias de forma a que possam ser prestadas as informações relevantes", diz a entidade representante dos trabalhadores e que é também accionista em comunicado.

Tal como o Negócios já tinha avançado, o STPT, esta terça-feira, 20 de Janeiro, pediu a desconvocação da assembleia, mas face à carta da CMVM ao presidente da mesa da assembleia - na qual o regulador admitia haver falhas nas informações aos accionistas -, o sindicato assume que pretende propôs a suspensão.

O STPT afirma que "continua a existir informação insuficiente para que os accionistas possam deliberar com consciência", nomeadamente sobre a responsabilidade da Oi nas aplicações de dívida do Grupo Espírito Santo e impacto nas alterações do acordo entre PT e Oi.

Tal como referido anteriormente, o sindicato está também preocupado com a falta de informação sobre as responsabilidades futuras para com pré-reformados e trabalhadores com contratos suspensos da PT numa futura venda da PT Portugal à Altice. É que haverá a transferência dos passivos da PT Portugal para a Oi, mas não se sabe onde ficarão essas responsabilidades. O sindicato diz que nem a Altice nem a Oi respondeu.

A assembleia-geral da PT que vai discutir a venda da PT Portugal à Altice pela Oi foi suspensa a 12 de Janeiro por dez dias e será, por isso, retomada esta quinta-feira, 22 de Janeiro.