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Correios britânicos vão rescindir com 1.600 funcionários
Os cortes focam-se nas áreas da gestão e de operações internas. Os correios ingleses garantem que o serviço de entrega postal não será afectado.
Seis meses depois da privatização, a Royal Mail vai iniciar o seu plano de rescisões. 1.600 funcionários vão sair da empresa na primeira fase. A companhia admite apenas contratar 300 novos colaboradores, com uma perda líquida de 1.300 trabalhadores, comunicou a empresa à comissão de mercado de valores inglesa.
A responsável pela Royal Mail, Moya Greene, justifica o plano de reestruturação com a necessidade de “promover a eficiência e um serviço de alta qualidade”. Citada pelo Guardian, a executiva garante que “esta é a melhor maneira para assegurar um bom serviço universal e bons postos de trabalho para os colaboradores”.
A Royal Mail conta gastar 100 milhões de libras (cerca de 119,5 milhões de euros) com este plano de saídas, parte dos “custos de transformação” da companhia, que deverão rondar os 230 milhões de libras (cerca de 274,9 milhões de euros), apresentados no balanço do ano financeiro, feito a 30 de Março. A empresa prevê poupar 50 milhões de libras (cerca de 59,8 milhões de euros) por ano com este plano, a partir do balanço de 2014/2015, de modo a lidar com os aumentos dos custos do sistema de pensões.
Em Dezembro de 2013, a empresa britânica assinou um acordo com os principais sindicatos da companhia para promover aumentos salariais de 9% durante três anos. Agora, as estruturas que representam os trabalhadores acusam a Royal Mail de “dar prioridade ao lucro sobre o serviço à nação”, referiu o representante do sindicato, Brian Scott, que representa sete mil trabalhadores.
Em Outubro de 2013, a Royal Mail foi privatizada através de uma venda em bolsa, que foi contestada por toda a oposição ao governo liderado por David Cameron, devido ao valor reduzido a que as acções foram vendidas.