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Phone House fica sem Capa: “É um divórcio amigável”
Capa Pereira, que controlava a retalhista de telecomunicações a meias com Jorge Martins, confirma que vendeu os seus 50% ao (ex)sócio. Uma separação determinada pelas “diferentes estratégias sobre “a forma de conduzir o futuro do grupo, especialmente a Phone House”.
Capa Pereira e Jorge Martins, que controlavam a meias o grupo TLCI, de que faz parte a rede de lojas da Phone House, decidiram separar-se, com Pereira a vender os seus 50% a Martins.
"Confirmo a operação, que foi concluída no passado sábado, com a transmissão dos 50% [para Jorge Martins] que detinha em todas as sociedades do grupo TLCI, incluindo na The Phone House", afirmou Capa Pereira, em declarações ao Negócios, confirmando a informação avançada na edição online esta terça-feira, 12 de novembro.
"Dirimimos as nossas divergências de forma recatada. Foi um divórcio amigável", garantiu o empresário quando questionado sobre o fim de 25 anos de união empresarial com Jorge Martins.
Os dois (ex-)sócios defendiam "diferentes estratégias relativamente à forma de conduzir o futuro das empresas do grupo, especialmente a Phone House", explicou Capa Pereira.
Jorge Martins fica agora com o controlo integral do grupo que agrega, além da Phone House, as empresas TLCI, MMCI e Mobile World, as quais detêm contratos de agenciamento com a Meo, a Nos e a Vodafone, respetivamente.
Com sede em Braga, este grupo emprega aproximadamente mil pessoas e fatura cerca de 80 milhões de euros.
A The Phone House detém uma centena de lojas em Portugal, a que acresce seis lojas Samsung e uma da Huawei (situada no "shopping" Colombo), com as quais tem contratos de distribuição para o território nacional.
A TLCI foi fundada em 1992, tendo o seu primeiro contrato de agência sido firmado com a Telecel, que viria mais tarde a ser adquirida pela Vodafone.
Até que, em julho de 2015, Capa Pereira e Jorge Martins compraram a rede das então 130 lojas da Phone House em Portugal à britânica Carphouse Warehouse, que nos últimos anos tem vindo a desfazer-se do seu império de retalho de telecomunicações na Europa.