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Oi desconhece interesse da Telefónica para avançar com proposta de compra

A Agência Estado avançou que o interesse da Telefónica está nas redes móveis da operadora de telecomunicações brasileira que tem a Pharol como acionista.

Cofina Media
17 de Setembro de 2019 às 11:01
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A Oi reagiu esta terça-feira às notícias que dão conta que a espanhola Telefónica está interessada na compra de ativos da companhia.

 

A Oi "desconhece a informação veiculada na matéria da agência Broadcast acerca de qualquer eventual proposta de compra dos ativos da companhia por parte da Telefónica Brasil", refere a operadora brasileira num comunicado, em reação a um pedido de esclarecimentos do regulador do mercado de capitais do Brasil.

Já a Telefónica, contactada pelo Negócios, disse apenas que "não comenta rumores de mercado".

 

A Agência Estado avançou ontem que o interesse da Telefónica está concentrado nas redes móveis da Oi, que abrangem as tecnologias 3G e 4G, e não a rede fixa. Esta notícia da agência brasileira, que motivou o pedido de esclarecimentos do regulador, surgiu depois de o jornal espanhol El Confidencial ter avançado que a Telefónica estava a ponderar avançar com uma proposta pela sua rival brasileira Oi, como parte do seu plano de reestruturação e de renovação dos ativos.

 

A Telefónica, que no Brasil controla a Vivo, está interessada na compra total ou parcial da Oi, que está avaliada em 6 mil milhões de euros e passa por uma situação financeira delicada, segundo o jornal espanhol El Confidencial, que adiantou que a empresa espanhola terá já contactado o banco norte-americano Morgan Stanley para mediar a compra da sua concorrente brasileira.

 

As ações da Oi reagiram em forte alta a estas notícias. Chegaram a subir mais de 10% na sessão de segunda-feira, embora no fecho a subida tenha sido bem inferior (+1,9%). Em Lisboa, a Pharol (que é acionista da Oi), está hoje a negociar estável nos 11,8 cêntimos.

 

Na semana passada o Governo brasileiro aprovou uma nova lei no ramo das telecomunicações, chamada PLC 79, que reduz as restrições das operadoras para venderem os seus ativos.

Segundo a Exame, estas alterações tornam a Oi mais atrativa para eventuais compradores, sendo que a norte-americana AT&T e empresas chinesas já demonstraram interesse, enquanto a italiana TIM também é vista como forte candidata a uma fusão ou, pelo menos, uma aquisição de parte dos negócios.

 

A Telefónica está presente no Brasil através da Vivo, uma empresa que surgiu a partir da Telesp Celular, comprada pela Portugal Telecom e pela Telefónica, em 1998. A parceria das duas empresas no Brasil terminou em 2010, quando a Telefónica comprou a participação da PT na Vivo por 6,5 mil milhões de euros.

A Oi tem 18% da quota de mercado no Brasil – a quarta maior do país – atrás da Vivo, da TIM e da Claro.

A Telefónica tem vindo a elaborar um plano de reestruturação que passará pela redução de custos. Este mês, anunciou que pretendia uma grande redução do número de trabalhadores através de um plano de reformas voluntárias.

(Notícia atualizada às 11h30 com resposta da Telefónica)

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