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Maior feira de telecomunicações do mundo poderá ser cancelada devido ao coronavírus
Vodafone, Deutsche Telekom, LG, Ericsson, Amazon: estes são só alguns dos nomes das empresas que já decidiram não comparecer na MWC.
A organização do Mobile World Congress, a maior feira de tecnologia de telecomunicações do mundo que estava marcada para o final de fevereiro em Barcelona, está a considerar o cancelamento ou o adiamento do evento. Os responsáveis vão reunir esta sexta-feira para tomarem uma decisão, depois de várias desistências da parte dos participantes relacionadas com os receios relativos ao coronavírus.
O conselho da GSMA, a associação de operadores e fabricantes que organiza o congresso em Barcelona, tem reunião marcada para esta sexta-feira, 14 de fevereiro, para decidir que medidas terá de adotar para o início do congresso e, eventualmente, o cancelamento ou adiamento do evento, avançaram fontes do setor ao El País.
Fonte oficial da organização garante que esta não é uma reunião de emergência e que já se encontrava convocada. Será, aliás, hábito dos organizadores encontrarem-se cerca de uma semana antes do evento.
Enquanto a incerteza se mantém, a montagem dos stands continua. O cancelamento teria custos muito avultados, pelo que o cenário de adiamento para a primavera ganha alguma força. O Governo e a Câmara Municipal de Barcelona tinham garantido, na segunda-feira, que o evento deveria manter-se e que estavam confiantes de que a maioria das 2.800 empresas e dos 100.000 participantes previstos comparecessem.
Vodafone, Deutsche Telekom, LG, Ericsson, Amazon: estes são só alguns dos nomes das empresas que já decidiram não comparecer na MWC, alegando o zelo pela saúde dos respetivos colaboradores, tendo em conta a proliferação a que se tem assistido do coronavírus.
Até ao momento, de acordo com os registos desta terça-feira de manhã, o vírus chinês já vitimou 1.018 indivíduos e conta mais de 43.000 infetados. O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde avisou, numa reunião com investigadores e autoridades nacionais, que apesar de a maioria dos casos se verificarem na China, o surto constitui uma "ameaça muito grave" para o resto do mundo, avançou a Reuters.