A Telefónica diminuiu os lucros em 23,2% no primeiro trimestre de 2014. O resultado líquido recuou dos 902 milhões de euros para 692 milhões de euros, segundo o comunicado de apresentação de resultados da operadora espanhola.

A empresa justifica a quebra de resultados com a diminuição da procura em Espanha e a desvalorização cambial na Argentina e no Chile. Estes países, da América Latina, representam mais de metade do total do volume de negócios da Telefónica.

As receitas registaram uma quebra de 13,5% de 14,1 mil milhões de euros para 12,2 mil milhões de euros. Um registo abaixo da média das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg.

O presidente da operadora, César Alierta, destaca que a Telefónica está a “construir um modelo de crescimento mais baseado na satisfação do consumidor e que o aumento da modernização das redes está a reflectir-se comercialmente”, referiu em comunicado publicado no portal da empresa.

A Telefónica soube na quinta-feira, 8 de Maio, que a Prisa aceitou a sua oferta para adquirir 56% do Canal + por 725 milhões de euros, segundo o “El País”. A operadora espanhola vai passar a ser o maior operador do mercado de televisão paga no país porque passa a deter 78% dos direitos do canal. A operação será confirmada nos próximos 30 dias.

Na segunda-feira, 5 de Maio, a operadora anunciou a entrada no negócio de comercialização de energia eléctrica em Espanha com o objectivo de cobrir necessidades próprias e de grandes clientes, como a administração pública e grandes grupos empresariais.

A marca aguarda neste momento a aprovação da Comissão Europeia em relação à fusão da “holding” alemã da Telefónica e da E-Plus. A decisão deverá ser anunciada até ao final de Junho.

As acções da Telefónica estão a recuar 2,70% para 11,715 euros.