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Lucros da Sonaecom aumentam 15% em 2020 para 60 milhões. Dividendo proposto é de 9,7 cêntimos
Os lucros da Sonaecom ficaram nos 60,1 milhões de euros em 2020, o que compara com os 52,2 milhões um ano antes.
A Sonaecom viu os lucros de 2020 aumentarem 15,3%, para 60,1 milhões de euros, contra 52,2 milhões em 2019.
Já o volume de negócios consolidado da empresa liderada por Ângelo Paupério (na foto) foi de 129,1 milhões de euros, menos 2,5% face aos 132,4 milhões de 2019.
Os custos operacionais ascenderam a 136,1 milhões, 6% abaixo do valor registado um ano antes.
Por seu lado, o EBITDA caiu 61,4%, de 30,5 milhões para 11,8 milhões, sendo esta quebra totalmente explicada pela diminuição dos resultados de equivalência patrimonial e pelos itens não recorrentes, sublinha a empresa no seu relatório e contas divulgado junto da CMVM.
Nos nove primeiros meses do ano, os lucros da Sonaecom anteriormente reportados apontavam para uma queda homóloga de cinco vezes, ao passarem de 34 para 6,7 milhões.
Entretanto, a empresa explica no comunicado que a Sonae IM (braço de investimento da Sonae [nas áreas de tecnologia, media e telecomunicações], da qual a Sonaecom é uma sub-holding) reavaliou o registo contabilístico das suas participações minoritárias, tendo optado por mensurar esses investimentos ao justo valor através de resultados de acordo com a IFRS9 [modelo simplificado de classificação e mensuração de instrumentos financeiros].
Até ao terceiro trimestre de 2020, os referidos investimentos encontravam-se registados ao justo valor através de outro rendimento integral (capital próprio) e a referida reclassificação gerou um impacto positivo de 600 mil euros e de 15,8 milhões de euros, respetivamente nos resultados de 2019 e de 2020. Os números de 2019 (e dos trimestres anteriores de 2020) foram assim reexpressos para refletir essa reclassificação.
Assim, os lucros de 2019 foram de 52,2 milhões e não de 51,5 milhões. E o resultado líquido do terceiro trimestre de 2020 foi, afinal, de 25,7 milhões de euros (mais 21,1% face ao mesmo período de 2019).
Na Nos os impactos operacionais da pandemia nas receitas de 2020 foram sentidos principalmente na área do cinema, no "roaming" e chamadas internacionais, nos canais de desporto premium, nos dados móveis e na venda de equipamentos. Mas a operadora registou entre outubro e dezembro o melhor trimestre do ano, com as receitas de telecomunicações a regressarem ao crescimento.
Já nos media, a atividade do Público foi impactada ao nível das receitas de publicidade e venda de jornais.
A área de tecnologia não sentiu impactos signficativos decorrentes da pandemia, refere o relatório e contas, sublinhando o seu sólido crescimento e melhoria da rentabilidade dos serviços de cibersegurança.
A empresa refere ainda que, apesar da atual incerteza económica, continua confiante na resiliência da Sonaecom dada a sua estrutura de capital.
Metade dos lucros obtidos vai para dividendos
A Sonaecom refere ainda que o seu conselho de administração aprovou a proposta de distribuição de um dividendo ilíquido de 9,7 cêntimos por ação, corresponde a um rácio pay-out de 50% do resultado líquido consolidado atribuível ao grupo e uma rendibilidade do dividendo de 6,9% tendo em conta a cotação de fecho do dia 31 de dezembro de 2020.
A proposta de dividendo está agora sujeita a aprovação na assembleia-geral de acionistas.
No ano passado, o dividendo distribuído por conta dos resultados de 2019 foi de 8,3 cêntimos por ação.