Notícia
KKR apresenta oferta vinculativa pela rede da Telecom Italia
A oferta poderá estar em vigor até 20 de dezembro. Ao aceitar, a empresa de telecomunicações poderá conseguir reduzir a dívida de mais de 30 mil milhões de euros. A maior acionista da Telecom Italia já avisou que não aceita propostas abaixo desse valor.
A norte-americana KKR já apresentou uma oferta vinculativa para a compra da rede da Telecom Italia (TIM), avança a Bloomberg. Ao aceitar, a empresa de telecomunicações poderá conseguir reduzir a dívida de mais de 30 mil milhões de euros.
Esta segunda-feira, a Telecom Italia assegurou que a proposta será considerada "sem demoras". No comunicado, a companhia não apresentou os detalhes financeiros, mas a Bloomberg tinha avançado anteriormente que a KKR avaliou a empresa de telecomunicações em 23 mil milhões de euros.
A oferta vence a 8 de novembro, mas pode ser prorrogada até 20 de dezembro.
Além desta oferta vinculativa, a KKR apresentou uma proposta não vinculativa pela unidade de negócio que gere o cabo submarino Sparkle, de acordo com a mesma nota.
Em agosto, a KKR e Roma assinaram um acordo preliminar que inclui o Governo italiano na proposta de 23 mil milhões de euros por parte do capital rede da Telecom Italia. Ao aceitar, a empresa de telecomunicações poderá conseguir reduzir a dívida de mais de 30 mil milhões de euros.
Este acordo, segundo revelou, na altura, o Ministério da Economia italiano, poderá dar ao Governo liderado por Giorgia Meloni 20% de controlo sobre a rede da operadora.
Pouco tempo depois, o Estado italiano aprovou um decreto-lei que permite assumir uma participação no capital da TIM em conjunto com a empresa norte-americana de "private equity".
Um problema que não é novo
A Telecom Italia iniciou as conversações exclusivas com a KKR em junho, após esta ter apresentado a maior oferta pela rede. Recorde-se que o interesse não é de agora. Em 2021 a empresa de "private equity" fez uma proposta para adquirir a totalidade do capital da Telecom Italia, mas o negócio caiu por terra, devido à oposição da maior acionista da empresa, a francesa Vivendi.
Recentemente, a Vivendi já deixou claro que não vai aceitar propostas inferiores a 30 mil milhões de euros.
Durante a sessão desta segunda-feira, as ações da Telcom Italia recua 3,21%.