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Huawei aumenta receitas em 39% apesar da crescente pressão política

A fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações acredita que 2019 será um ano de "oportunidades de crescimento sem precedentes".

Bloomberg
22 de Abril de 2019 às 11:28
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As receitas da Huawei aumentaram 39% nos primeiros três meses deste ano, um período marcado pela pressão crescente dos Estados Unidos contra a fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações.

Num comunicado divulgado esta segunda-feira, 22 de abril, a Huawei revelou que fechou o primeiro trimestre com receitas de 179,7 mil milhões de yuan (cerca de 23,82 mil milhões de euros) e 59 milhões de smartphones vendidos.

A Huawei acredita que 2019 "será um ano de implantação em larga escala do 5G em todo o mundo" e que a empresa "tem oportunidades de crescimento sem precedentes".

Em comunicado, a Huawei revela ainda que, até ao final de março, assinou 40 contratos comerciais para o 5G com as principais operadoras globais.

Esta é a primeira vez que a fabricante chinesa divulga resultados trimestrais, já que a sua prática tem sido divulgar contas no final do primeiro semestre, e depois os números anuais.

A decisão de reportar as contas do primeiro trimestre acontece numa altura em que a empresa é alvo de crescente pressão por parte dos Estados Unidos, que tem tentado convencer aliados como a Alemanha e o Reino Unido a bloquear a Huawei do 5G, ainda que sem sucesso até ao momento.

Os Estados Unidos têm acusado a tecnológica chinesa de ser uma ameaça à segurança nacional, argumentando que os seus equipamentos podem ser usados pelo governo chinês para espionagem.

A Huawei tem negado as acusações, e o seu fundador Ren Zhengfei disse mesmo que a campanha negra dos Estados Unidos tem servido de publicidade à fabricante.

"Com um país tão poderoso a mostrar medo de uma pequena empresa como nós, temos outros países a dizerem-nos: ‘Os vossos produtos são tão bons que o governo dos EUA está com medo. Nem vamos testar os produtos. Vamos comprá-los diretamente'. É por isso que alguns países com grandes reservas de petróleo nos estão a comprar a nós. Estão a comprar os nossos produtos em grandes quantidades, com o governo dos EUA a fazer-nos publicidade ", afirmou o fundador numa entrevista recente à CNBC.
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