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Anacom não tem “indícios” para ter preocupação sobre Huawei
O regulador português do sector de comunicações garante, contudo, que está a acompanhar o tema.
O regulador do sector de comunicações (Anacom) não tem "indícios para ter preocupação específica" sobre a rede da Huawei ou de outro fornecedor no que toca a eventuais riscos de segurança. A garantia foi dada pelo presidente da entidade, João Cadete de Matos, durante um encontro com jornalistas esta quinta-feira, 13 de Dezembro. "Não é um assunto que nos tivesse sido questionado pela Comissão Europeia, um operador ou qualquer entidade", sustentou.
Cadete de Matos assegurou, contudo, que tendo em conta que se trata "de um problema muito sério" e a "preocupação de fazer cumprir a lei é constante", estão "a acompanhar o tema". Mas como se trata mais de uma relação comercial com operadores, não é um assunto da competência do regulador", apontou.
Os alertas sobre os riscos de entregar a rede 5G a empresas chinesas começaram a ser feitos pelos Estados Unidos. Mas já atravessaram o oceano, com Bruxelas a manifestar preocupação sobre eventuais riscos de espionagem ou ciberataques, devido a estas empresas chinesas poderem vir a ser forçadas a fornecer informações aos serviços secretos do país, como referiu recentemente Andrus Ansip, comissário europeu para o Mercado Único Digital.
Uma preocupação que não parece ser acompanha em Portugal. Além da Altice já ter garantido que vai manter a parceria com a Huawei para o desenvolvimento do 5G, na quarta-feira o CEO da Vodafone Portugal, Mário Vaz, também sublinhou que não tem qualquer razão de preocupação com a segurança da rede da Huawei, nem com a de outros fornecedores.