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Altice recupera 8% após admitir vender activos para reduzir dívida

Depois de oito sessões em queda acentuada, as acções da Altice subiram 8% em reacção às palavras do CEO e do chairman da companhia de telecomunicações.

Bruno Simão
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A elevada dívida (perto de 50 mil milhões de euros no final do terceiro trimestre) foi um dos motivos principais para a queda acentuada das acções da Altice, que no espaço de oito sessões perderam cerca de metade do valor.

 

Ciente destes receios, a gestão da Altice apressou-se a dirigir uma mensagem aos investidores sobre este tema, garantindo que não haverá mais fusões e aquisições e admitindo alienar activos, precisamente para reduzir dívida.

 

A reacção foi uma recuperação das acções. No início da sessão os títulos marcavam uma subida de 5%, que se alargou para 8% no fecho do dia, já depois das declarações do CFO e do CEO da companhia que em Portugal controla o Meo e está a tentar comprar a Media Capital.  

 

"No futuro, o foco vai ser na redução da dívida. Não vai haver fusões e aquisições. Vamos regressar ao básico", disse Dennis Okhuijsen, CFO e CEO para a Europa da empresa, durante a conferência da Morgan Stanley com analistas dedicada aos sectores de tecnologia, media e telecomunicações na Europa.

 

A recuperação desta quarta-feira serviu para atenuar a queda acentuada desde que a 2 de Novembro a Altice anunciou resultados abaixo do esperado e reduziu as perspectivas para a totalidade do ano. Nas oito sessões seguintes os títulos afundaram 45% e atingiam mínimos desde Abril de 2014, o que correspondeu a uma quebra de 11,7 mil milhões de euros na capitalização bolsista. Apesar da recuperação desta quarta-feira, a Altice acumula ainda uma desvalorização de 48,96% em 2017. Ainda assim, a cotação de fecho de hoje (9,61 euros) já se situa 18% acima do mínimo da véspera.

 

Desalavancar

 

Dennis Okhuijsen sublinhou por diversas vezes que o foco da Altice passa por desalavancar a dívida que ascende a 50 mil milhões de euros. Para a Europa, a meta é reduzir o actual rácio de "5 vezes o EBITDA, para 4 vezes o EBITDA".

 

No mesmo evento, Patrick Drahi, o líder da empresa, assume que a Altice não tem olhado de forma adequada para os problemas operacionais. "Não é um problema de concorrência, nem de qualidade da rede e do serviço, mas uma falha na forma como lidamos os detalhes na gestão dos consumidores".

 

Porém, o líder do grupo sublinhou que o plano anteriormente delineado para o mercado francês, onde perdeu 750 mil clientes, "vai manter-se".

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