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Altice atira novidades sobre venda de ativos para os próximos meses
A Altice Internacional, que agrega a operação em Portugal, alerta que "não foi tomada uma decisão final" sobre a venda de ativos em Portugal, mas diz que espera ter conclusões sobre os processos de revisão estratégica no primeiro trimestre do próximo ano.
"Como dissemos, começámos o processo em Portugal, na República Dominicana e na Teads [plataforma de publicidade em vídeo online]. Estes processos ainda estão numa fase preliminar (...) penso que estaremos disponíveis para partilhar detalhes sobre esses três processos no primeiro trimestre do próximo ano", afirmou a empresa, numa "conference call" com atuais e potenciais investidores em dívida, a propósito dos resultados do terceiro trimestre.
Certo é que só depois de concluído este processo de revisão de ativos é que haverá conclusões sobre a venda do centro de dados na Covilhã.
"É mais sábio ver o resultado deste processo [de revisão] para decidir sobre o que fazer no que diz respeito ao centro de dados português", garantiu Malo Corbis, diretor-financeiro do grupo, quando questionado por um dos presentes na "conference call" sobre o estado da venda do centro de dados.
Assim, a operadora afasta, para já, a venda do centro de dados que detém na Covilhã, num dia em que a Altice França anunciou uma acordo para a venda de 70% do negócio dos centros de dados por 535 milhões. Isto numa altura em que Drahi procura reduzir a montanha de dívida que ensombra a empresa. No total, são cerca de 60 mil milhões de dólares dividos pelas três entidades - Altice França, Altice Internacional e Altice EUA.
Guerra entre Israel e Hamas dá golpe nas contas da Altice Internacional
A Altice Internacional reportou esta terça-feira receitas de 1.288 milhões de euros no terceiro trimestre, o que representa uma ligeira queda face aos 1.296 milhões registados no mesmo período do ano anterior.
A operação em Portugal representou 742 milhões deste valor, sendo que até setembro a faturação foi de 2.159 milhões.
A empresa alertou, contudo, que as receitas do negócio em Israel, onde opera através da marca Hot, serão afetadas no quarto trimestre devido à guerra. A dimensão do impacto, contudo, não é ainda possível de quantificar, afirmou.
O grupo Altice anunciou na semana passada as primeiras conclusões da auditoria interna lançada na sequência da Operação Picoas. A empresa disse que vai afastar todos os fornecedores considerados suspeitos na investigação até ao final deste ano, sendo que estes representavam "menos de 6% da despesa total da Altice International (sobretudo em Portugal)" e "menos de 2% da despesa total da Altice France".