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Adiamento da assembleia da Oi é "excelente notícia" para obrigacionistas

A Candeias & Associados - Sociedade de Advogados, firma que representa centenas de lesados no caso da PT/Oi, considerou hoje que o adiamento da assembleia-geral de credores "é uma excelente notícia" para os obrigacionistas portugueses.

Reuters
28 de Setembro de 2017 às 13:28
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Em comunicado, a firma de advogados justifica que, "por um lado, este adiamento sugere que existe um forte compromisso de a Oi pretender evitar a insolvência, admitindo pela primeira vez que precisa de apresentar um plano de recuperação economicamente sustentável, e que para isso precisa da colaboração dos credores".

 

"Por outro lado, este adiamento implica que o prazo de adesão ao programa para acordo com os credores possa ser adiado até ao dia 12 de Outubro", quando se previa que terminasse este mês de Setembro, acrescenta.

 

Este último programa permite arrecadar de imediato 90% da dívida, que equivale a 11.991,60 euros, sendo que o restante, quase 1.332,40 euros, será recebido até 10 dias úteis após a homologação do Plano de Recuperação Judicial, a ser votado na assembleia de credores.

 

A Candeias & Associados representa, actualmente, cerca de 200 obrigacionistas portugueses que aderiram a este programa, e que prevêem receber cerca de 2,66 milhões de euros (dependendo sempre das taxas de câmbio).

 

A empresa lembra que podem aderir "quaisquer obrigacionistas, independentemente do valor do seu crédito".

 

A Oi, onde a portuguesa Pharol é accionista de referência, pediu o adiamento da assembleia de credores para 23 de Outubro, anunciou hoje a operadora de telecomunicações brasileira.

 

Em comunicado, a Oi adianta que, "seguindo decisão do Conselho de Administração, a companhia solicitou ao juízo da recuperação judicial o adiamento da assembleia-geral de credores para o dia 23 de Outubro, em primeira convocação, e dia 27 de Novembro, em segunda convocação, tendo por fundamentos factores negociais visando a aprovação do plano e procedimentais relacionados" com a assembleia, "que podem acarretar em alterações no sistema de votação".

 

A Oi esclarece ainda que "não houve decisão sobre os termos de uma nova versão do plano de recuperação judicial da companhia e de suas subsidiárias em recuperação apresentado em 5 de Setembro ao juízo da 7.ª vara empresarial da comarca do Estado do Rio de Janeiro, nem tão pouco houve aprovação de modificações nas condições financeiras previamente aprovadas".

 

A operadora de telecomunicações brasileira "reitera que continua mantendo conversas com potenciais investidores, credores e demais 'stakeholders' [todas as partes interessadas] com relação a potenciais ajustes ao plano de recuperação judicial, incluindo eventual aumento com capitalização de dívida e aporte de novos recursos, tendo por objectivo buscar melhorias ao plano que possam ser aprovadas pela assembleia geral de credores, garantindo a sustentabilidade dos negócios da companhia".

 

A operadora "reafirma o seu compromisso de manter os seus accionistas e o mercado como um todo informados sobre o desenvolvimento do assunto, divulgando tempestivamente qualquer ato ou facto que venha a ser relevante".

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