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5G: Leilão principal já vai em 36 dias e atinge 245,9 milhões de euros

Se o leilão terminasse hoje, somando a licitação dos entrantes, o Estado teria um encaixe de mais de 330 milhões de euros, acima do valor indicativo, de 237,9 milhões de euros.

04 de Março de 2021 às 19:35
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O valor das propostas dos operadores no leilão do 5G totaliza esta quinta-feira 245,9 milhões de euros, 36 dias depois da licitação principal ter arrancado, num total de "seis rondas", divulgou o regulador Anacom.

De acordo com as contas feitas pela Lusa a partir dos dados disponíveis, as propostas correspondem a mais 1,5 milhões de euros face aos 244,3 milhões de euros registados na quarta-feira.

A licitação principal inclui os operadores Altice Portugal (Meo), Nos, Vodafone Portugal e também a Dense Air, e visa a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz, depois de uma primeira fase exclusiva para novos entrantes.

Desde o quarto dia de licitação, apenas um lote da faixa libertada da TDT (700 MHz) - que tem seis lotes - continua sem qualquer oferta e é o único de todo o leilão.

Assim, na faixa de 700 MHz, o preço de licitação mantém-se nos 19,2 milhões de euros. Ao todo, as ofertas totalizam 96 milhões de euros.

Também na faixa 900 MHz, os quatro lotes disponíveis continuam sem apresentar qualquer alteração ao preço de reserva, com a oferta dos operadores a manter-se nos 24 milhões de euros.

A faixa de 2,1 GHz, que era até 18 de janeiro a que tinha apresentado maior interesse, com a oferta a atingir os 10,405 milhões euros (preço base era de dois milhões de euros), subiu no sétimo dia para 10,616 milhões de euros, valor que hoje se mantém.

Na faixa 2,6 GHz, cujos três lotes totalizavam 23,7 milhões de euros desde 16 de fevereiro, um dos lotes foi alvo de uma oferta, passando a somar hoje 23,9 milhões de euros.

A faixa 3,6 GHz, com 40 lotes, totalizou hoje 91,3 milhões de euros, o que compara com 89,9 milhões de euros.

Em fase anterior, tinha decorrido a licitação para os novos entrantes, durante oito dias, que resultou num encaixe de 84,3 milhões de euros no último dia (11 de janeiro).

Se o leilão terminasse hoje, somando a licitação dos entrantes, o Estado teria um encaixe de mais de 330 milhões de euros, acima do valor indicativo, de 237,9 milhões de euros.

O montante final encaixado com o leilão depende dos lotes que forem atribuídos durante o processo e se são adquiridos pelo preço de reserva.

Não existe informação oficial de quem licitou, nem existe data para o final do leilão, mas espera-se que a atribuição das licenças 5G (quinta geração) aconteça até final deste mês.

Os novos entrantes podem beneficiar de 'roaming' nacional no acesso às redes dos operadores já instalados, independentemente da qualidade de espectro que adquiram, de acordo com as condições do leilão.

O processo tem sido bastante contestado pelas operadoras históricas, envolvendo processos judiciais, providências cautelares e queixas a Bruxelas, considerando que o regulamento tem medidas "ilegais" e "discriminatórias", o que incentiva ao desinvestimento.
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