No mês passado, a Comissão Europeia declarou guerra à evasão fiscal, que tem custos de 1 bilião de euros por ano à União Europeia. A Comissão advertiu os estados-membros para que criassem “listas negras” de paraísos fiscais e para que adoptassem medidas contra os abusos.

Atraídos pelas políticas fiscais tolerantes da Holanda, empresas como a Yahoo, a Google e a Dell moveram os seus lucros para o país. De acordo com o banco central holandês, desde 2010 que mais de 10,2 biliões de euros são transferidos para “unidades financeiras especiais” destas multinacionais. Estas unidades só existem no papel, tal como é permitido pela lei.

Com os problemas que a Europa enfrenta, ao nível do défice e subida da carga fiscal, a Holanda tem-se tornado uma estação de transmissão para a fuga aos impostos, com uma soma depositada no seu território que atinge já os 13 biliões de euros.

O parlamento holandês marcou um debate para discutir a equidade do seu sistema de impostos. Legisladores dos vários partidos, incluindo membros do governo de coligação, afirmaram querer mudar a reputação do país nessa matéria, segundo noticia a Bloomberg.

“Não devemos ser um paraíso fiscal”, disse Ed Groot, um membro do parlamento do partido trabalhador, um dos partidos que tomou o poder, em coligação, em Novembro. “Ambos os partidos que estão no poder estão fartos destas empresas”. “Se elas forem para outro lugar não vamos ter pena porque mancharam o nome da Holanda”.