A Via Net.Works, fornecedor de soluções globais de Internet para o mercado empresarial, apresentou hoje a sua oferta de Asymetric Digital Subscriber Line (ADSL) para o mercado profissional empresarial, garantindo uma ligação sem limites de tráfego, com mensalidades fixas.

Pedro Ivo Carvalho, director de serviços da empresa, disse em conferência de imprensa que o ADSL irá «ultrapassar o tradicional acesso telefónico» que continuará a subsistir.

A Via Net.Works considera que o que os distingue dos demais, relativamente a este serviço, é o suporte técnico, a largura de banda não só nacional como internacional, o acesso sem limites de tráfego, com mensalidades fixas e a possibilidade do cliente se ligar a partir de qualquer ponto, através do serviço de «roaming».

A empresa fornece ainda a possibilidade do cliente pagar trimestral ou anualmente, podendo usufruir de promoções consoante o tipo de pagamento escolhido.

António Ferreira, um dos fundadores da Esotérica, adquirida posteriormente pela Via Net.Works, disse aos jornalistas que «o fornecimento de ADSL está dependente da oferta da PT Comunicações», operadora incumbente que define o número de clientes que tem ligado a cada central.

O responsável referiu ainda que o ADSL «ainda não permite concorrer com a TV Cabo a nível de preços», contudo a nível do sistema técnico António Ferreira considera este novo sistema de Internet de banda larga superior.

A Via Net.Works lançou dois tipos de soluções: a Via Express, um segmento onde existem pacotes pré-definidos e a Via Select, onde a oferta é definida em conformidade com as necessidades do cliente.

A Via Express inclui a solução Via Standard, destinada a profissionais, a Via Premium aposta na mobilidade e é destinada a micro e pequenas empresas, a Via Assured, concebida para as pequenas e médias empresas (PMEs) assegura o «back up» RDIS e a Via Secure incorpora uma solução de segurança perimétrica.

A taxa de activação deste novo serviço é 75 euros que é deduzido na primeira factura.

O director de gestão da Via Net.Works, Pedro Edris Sousa, afirmou, sem avançar números concretos, que a empresa «já tem milhares de pré-registos», sendo que prevê o «break even» deste investimento «dentro de um ano».

Em Julho, a empresa lançou serviços de SDSL, acesso à Internet de banda larga, direccionado para as pequenas e média empresas, com um preço a partir de 290 euros mensais.

Via Net.Works não está interessada em adquirir a KPNQwest Portugal

Pedro Edris Sousa, no âmbito das conversações com a KPNQwest Portugal, disse ao Negocios.pt, à margem da apresentação do ADSL, que «duvido que vamos avançar com qualquer tipo de aquisição».

O responsável referiu que «houve um pouco de autismo por parte da entidade que estava a regular esta operação e, como tal, para nós, ou as coisas se fazem ou não se fazem».

Relativamente ao desempenho da Via Net.Works, o director de gestão da empresa disse que a empresa «já é completamente independente da nossa casa mãe», após ter atingido o EBTIDA, ou «cash flow» operacional, positivo no início do ano, pela primeira vez.

«Neste momento continuamos a ir ao encontro da expectativas, conseguindo ultrapassar os objectivos que nos foram impostos», afirmou o responsável sem avançar mais detalhes.

O responsável reforçou «que as estimativas são de crescimento (para 2002 e seguintes), ao contrário do que se está a passar no mercado».

A Via Net.Works considera que «o ADSL é mais uma fonte de receitas», vindo reforçar a oferta de SDSL fornecida pela empresa, segundo a mesma fonte.

No âmbito do lançamento de novos produtos, Pedro Edris Sousa disse que, «com o lançamento do ADSL, é evidente que irão surgir novas oportunidades de negócio e é natural que apareçam novas coisas até ao final do ano».

Por Ana Pereira