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Será desta que o iPhone vai travar a Apple?

O iPhone é o produto que mais pesa na contabilidade da Apple. Os resultados da empresa são apresentados hoje, com os analistas a anteciparem que as vendas possam registar o menor crescimento de sempre. Os consumidores estão à espera do 7.

2008 – iPhone 3G – Ano e meio depois do lançamento do primeiro, a Apple avançou com a segunda geração do iPhone. O 3G acentuou o sucesso do “smartphone” da fabricante de Cupertino, na Califórnia.
Bloomberg
26 de Janeiro de 2016 às 10:49
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A Apple vai apresentar esta terça-feira, 26 de Janeiro, os seus resultados relativos ao último trimestre do ano passado. As vendas dos iPhones são habitualmente o motor dos resultados da tecnológica de Tim Cook. Por isso, a questão que poderá estar a pairar sobre muito investidores é: vai a "jóia da coroa" colocar um travão nos resultados da empresa?

As estimativas, de acordo com a Reuters, apontam que as vendas de iPhones tenham crescido em torno de 1% no último trimestre do ano passado face ao mesmo período do ano anterior o que, a confirmar-se, é o ritmo de expansão "mais baixo de sempre e bastante longe do crescimento a dois dígitos que os investidores poderiam esperar". Os analistas citados por esta agência consideram que a empresa terá vendido 75,5 milhões de iPhones de Outubro a Dezembro. 

Este valor, a confirmar-se, contrasta com o crescimento próximo de 46% no primeiro trimestre do ano passado em comparação com o mesmo período de 2014. A Reuters dá ainda conta que o ritmo de crescimento trimestral mais lento da empresa de Tim Cook foi de 6,8%, registado no segundo trimestre fiscal de 2013.

O iPhone 6S e o iPhone 6S Plus, os modelos mais recentes da empresa fundada por Steve Jobs, estarão mesmo a enfrentar uma procura mais reduzida pois têm poucas características distintivas face aos modelos anteriores, de acordo com analistas consultados pela Reuters.


"A Apple tornou-se vítima do seu próprio sucesso na medida em que o ciclo de sucesso do iPhone 6 foi difícil de replicar, com muitos consumidores a comprarem modelos mais antigos [em comparação com os iPhones 6S], ou a adquirirem iPhones mais baratos ou então estão à espera do iPhone 7", disse a esta agência Daniel Ives, da FBR Capital Markets.

A Bloomberg escreve, assinalando que recolheu a informação junto de vários analistas, que a Apple reduziu as encomendas de componentes para os telefones o que pode indiciar que a empresa está antecipar vender menos "smartphones" neste início de ano do que anteriormente.

Um outro factor a ter em conta nos resultados da Apple são as vendas na China. A economia chinesa tem enfrentado desafios e as vendas neste que é o mercado em crescimento mais acelerado da tecnológica podem ressentir-se.


A Reuters salienta ainda que com a apresentação de resultados as notícias menos positivas podem ainda não ter terminado. A Apple poderá anunciar que está à espera de uma quebra nas vendas do iPhone no trimestre que termina em Março. Os dados da FactSet, empresa de pesquisa, citados por esta agência, apontam que a empresa deverá comercializar 54,6 milhões de iPhones no trimestre actual. De Janeiro a Março de 2015, a empresa vendeu 61,2 milhões de iPhones.

O regresso ao crescimento das vendas deverá ter lugar com o lançamento do iPhone 7 - que pode acontecer no final deste ano - altura em que os clientes deverão trocar de equipamento, segundo analistas citado pela agência. 

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