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Sonae cria capital de risco para o comércio electrónico

A E.Ventures quer fechar cinco contratos no primeiro ano e garante que “não fecha os olhos” a investimentos conjuntos com outras capitais de risco ou a “business angels” que tenham entrado em anteriores rondas de financiamento.

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06 de Dezembro de 2013 às 00:01
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A Sonae acaba de lançar uma iniciativa de capital de risco para investir em novas empresas de comércio electrónico na área do retalho. Aos projectos seleccionados é garantido um investimento até meio milhão de euros e o apoio especializado dos quadros da empresa-mãe para acelerar a fase inicial de crescimento e a internacionalização do negócio, cuja liderança e maioria do capital têm de ficar nas mãos do empreendedor.

 

Sem “plafond” global de investimento nem prazo para terminar – assim como para desinvestir –, a E.Ventures tem como meta fechar cinco contratos no final do primeiro ano. Só nas primeiras semanas, sem qualquer divulgação, recebeu 50 candidaturas na página da Internet que, no mínimo, e caso sejam seleccionadas, só assinarão a parceria daqui por seis meses. O director do programa, Eduardo Piedade (na foto), admitiu ao Negócios que “não fecha os olhos” a investimentos conjuntos com outras capitais de risco ou “business angels” que possam ter entrado numa ronda anterior de financiamento.

 

Para esta iniciativa “autónoma dos negócios de retalho da Sonae” foi formada uma equipa de três pessoas dedicadas a 100% a isto. Além de dinheiro, será disponibilizado também o aconselhamento das “pessoas com competências e conhecimentos” no retalho, em função da especificidade de cada projecto. Em troca, a par do retorno do investimento de maior risco nessas “start-ups”, o grupo nortenho beneficia de um “processo de aprendizagem com os erros” numa área de comércio electrónico com alterações constantes e um “potencial de internacionalização interessante”.

 

“Para dar o salto é preciso dinheiro”

 

Apesar de Portugal dispor de “know how” a nível tecnológico e no retalho, o número de projectos nesta área ainda é curto – “mas também não havia muitos investidores disponíveis”, justificou Piedade. O perfil destes empreendedores é variado: desde recém licenciados com uma ideia de negócio até pessoas com uma carreira de vários anos em grandes empresas que se decidem lançar por conta própria, passando por quem só o encara como “auto-sustento”.

 

Muitos deles têm em comum o “dinamismo”, o facto de terem dois ou três sócios que combinam competências e... precisarem de dinheiro em cima da mesa para “ganhar escala e ser mais rápidos do que os outros”, incluindo no estrangeiro. “O desenvolvimento de negócios de ‘e-commerce’ tem uma componente de escala e de base de clientes. E muita dessa aquisição de novos clientes depende do dinheiro disponível para gastar em marketing”, sublinhou o director da Sonae E.Ventures.

 

Eduardo Piedade, 35 anos, acrescentou que “muitos podem ser atractivos com uma base de cinco mil clientes, por exemplo, mas esbarraram e não conseguem passar para a fase seguinte”. Ou para a internacionalização: têm o piloto em Portugal, mas precisam de uma equipa e de uma rede nesses mercados. Para dar esse salto é preciso dinheiro”, concluiu o director da Sonae E.Ventures.

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