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Receitas do Facebook superam estimativas há nove trimestres
A rede social Facebook continua a sustentar o crescimento das receitas da empresa, tendo o número de utilizadores mensais aumentado mais do que o esperado. Também a publicidade em vídeo nos telemóveis ajudou a melhorar as vendas. Já os lucros, apesar de subirem, ficaram aquém do esperado. O mercado estranhou, mas depois entranhou: as acções chegaram a cair 4% e entretanto escalaram para máximos históricos.
A tecnológica liderada por Mark Zuckerberg reportou esta quarta-feira, 26 de Julho, após o fecho das bolsas do outro lado do Atlântico, os resultados do seu segundo trimestre fiscal. E pelo nono trimestre consecutivo apresentou um volume de negócios que supera as estimativas.
As vendas cresceram 45%, para 9,3 mil milhões de dólares, contra uma projecção média de 9,20 mil milhões que tinha sido apontada pelos analistas inquiridos pela Bloomberg.
A impulsionar a facturação está a crescente audiência de "Facebookianos". Com efeito, o número de utilizadores mensais disparou para 2,01 mil milhões quando as estimativas apontavam para 1,98 mil milhões.
Por outro lado, a tecnológica sediada em Menlo Park (Califórnia) reportou lucros de 3,9 mil milhões de dólares (1,32 dólares por acção), quando a projecção média dos analistas consultados pela Bloomberg apontava para 1,38 cêntimos por acção.
Apesar de falhar as projecções para o lucro por acção, o seu resultado líquido aumentou face aos 2,3 mil milhões (78 cêntimos por acção) registados um ano antes.
A empresa tem vindo a dizer que vai parar de aumentar, em finais deste ano, a frequência de anúncios que surgem nos ‘feeds’ dos seus utilizadores para evitar que os seus utilizadores percam a paciência.
Este prazo dá-lhe tempo, como já sublinhava a Bloomberg no primeiro trimestre, para testar outras apostas, como o forte investimento no vídeo e noutras aplicações – como o Instagram, Messenger e WhatsApp, que podem começar a dar um maior contributo para as receitas.
E o Instagram foi mesmo uma das suas apps que mais ajudou ao aumento das vendas neste segundo trimestre fiscal.
"O Facebook e a Google estão a ficar praticamente com todo o crescimento na publicidade digital – são os locais mais fáceis de gastarmos o nosso dinheiro", comentou à Bloomberg um analista do Pivotal Research Group, Brian Wieser.
Apesar da subida dos lucros e das receitas, o mercado ficou descontente com o facto e o lucro por acção ter ficado abaixo das expectativas, tendo por isso castigado a sua cotação mal foram divulgados os resultados, a afundar mais de 4%. No entanto, acabaram por digerir melhor os números e 45 minutos depois a tecnológica já negociava em terreno positivo.
Na negociação fora do horário regular em Wall Street, os títulos da tecnológica seguem a somar 1,53% para 168,15 dólares – um novo máximo histórico. Isto depois de terem encerrado a sessão formal desta quarta-feira a ganhar 0,20% para 165,61 dólares.