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Realidade aumentada é próxima grande novidade da Apple

O mercado mundial para produtos de realidade aumentada deverá crescer 80% até 2024, para 165 mil milhões de dólares, segundo estimativas.

5º Lugar: Google. A gigante tecnológica paga aos seus funcionários em média 153.750 dólares por ano (135.461 euros). Dividido por 14 meses, isto corresponde a 10.982 dólares por mês (9.676 euros/mês).
Bloomberg / Reuters / Getty Images
20 de Março de 2017 às 18:44
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Tim Cook elogiou diversas tecnologias desde que se tornou CEO da Apple, em 2011. Veículos autónomos. Inteligência artificial. Televisão via streaming. Mas nenhuma tecnologia o deixou tão entusiasmado quanto a realidade aumentada, que sobrepõe imagens, vídeos e jogos no mundo real. Cook comparou o potencial revolucionário da realidade aumentada (RA) ao do "smartphone". Cook disse no ano passado que, a determinada altura, todos nós "teremos experiências de RA todos os dias, será quase como fazer três refeições diárias. A realidade aumentada vai tornar-se uma parte muito grande de nós."

 

Investidores, impacientes sobre a próxima descoberta da Apple, ficarão felizes por saber que Cook está a levar a RA muito a sério. Fontes próximas dos planos da companhia afirmam que a Apple embarcou numa aposta ambiciosa para levar essa tecnologia às massas — uma iniciativa que Cook e a sua equipa consideram o melhor caminho para que a companhia consiga dominar a próxima geração de aparelhos e manter as pessoas fiéis ao seu ecossistema.

 

A Apple montou uma equipa que alia a força dos seus veteranos de "hardware" e "software" com os conhecimentos de talentosos profissionais fora da empresa, revelaram fontes que pediram o anonimato por estarem a falar sobre estratégias internas. Liderado por um ex-executivo da Dolby Laboratories, o grupo inclui engenheiros que trabalharam nos "headsets" de realidade virtual Oculus e HoloLens, vendidos pelo Facebook e pela Microsoft, e também génios dos efeitos visuais de Hollywood. Além disso, a Apple adquiriu diversas firmas de pequena dimensão com conhecimento em "hardware" de RA, jogos 3D e software de realidade virtual.

 

A Apple está a trabalhar em diversos produtos de RA, como óculos digitais que poderiam conectar-se remotamente a um iPhone e transmitir conteúdos — filmes, mapas e muito mais — ao utilizador, tal como a Bloomberg já tinha noticiado. Embora falte muito tempo para que esses óculos estejam prontos a usar, os recursos de RA podem aparecer no iPhone mais cedo.

 

Contactada, a Apple preferiu não comentar.

 

Este é um momento auspicioso para a Apple apostar na realidade aumentada. O mercado mundial para produtos de RA deverá crescer 80% até 2024, para 165 mil milhões de dólares (153 mil milhões de euros), de acordo com a empresa Global Market Insights. Mas, na verdade, a Apple não tem outra opção, considera Gene Munster, sócio fundador da Loup Ventures que seguiu a companhia durante vários anos como analista. Com o tempo, segundo Munster, os aparelhos de RA vão substituir o iPhone. "Trata-se de algo que a Apple precisa de fazer para continuar a crescer", disse, "e se defender da mudança da forma como as pessoas usam o hardware".

 

A realidade aumentada é uma prima menos famosa da realidade virtual. A RV chama mais atenção porque envolve completamente os utilizadores num mundo artificial e tem um apelo óbvio para quem gosta de videojogos. Até o momento, no entanto, "headsets" como Oculus e HoloLens são produtos de nicho e não do mercado massivo. A Apple acredita que será mais fácil vender a RA porque esta tecnologia é menos invasiva. Referindo-se aos headsets de RV, Cook disse no ano passado que achava que poucas pessoas iam querer "fechar-se em algo". 

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