Notícia
Qualcomm anuncia corte de 4.500 postos de trabalho
A tecnológica pretende reduzir custos em 1,4 mil milhões de dólares, e, além do corte nos postos de trabalho está a ponderar separar áreas de negócio. A Qualcoom anunciou os seus planos no mesmo dia em que publicou os resultados operacionais do último trimestre, tendo registado uma redução de 14% nas receitas e 47% nos lucros.
A empresa produtora de componentes para smartphones pretende cortar 4.500 postos de trabalho a tempo inteiro ou 15% da sua força de trabalho, noticia a Reuters, adiantando que o objectivo é reduzir os custos da empresa em 1,4 mil milhões de dólares.
O negócio da Qualcomm tem enfrentado maiores dificuldades desde que a Samsung e a Apple começaram a produzir internamente alguns dos componentes dos seus equipamentos, disse à CNN Srini Pajjuri, analista da CSLA. A Reuters recorda que este ano a Samsung, por exemplo, decidiu usar o seu próprio processador para o smartphone Galaxy S6 em vez do Snapdragon, um produto da Qualcomm.
A Reuters destaca também que a empresa tem vindo a sofrer uma feroz concorrência por parte da Media Tek e de companhias chinesas de menor dimensão que se especializaram em fazer chips.
Além dos cortes nos postos de trabalho, a Qualcoom está também a considerar a hipótese de separar partes da sua actividade, informa a Reuters.
A BBC escreve que, o fundo de investimento – e accionista - Jara Partners tem vindo a pressionar a empresa no sentido de separar o negócio da produção de chips da área de licenciamento de patentes, que é mais rentável.
A Qualcoom tornou públicos os seus planos de reestruturação após o anúncio da quebra nas receitas (-14%) e nos lucros (-47%) do último trimestre, face ao período homólogo.
No comunicado publicado pela Qualcomm sobre esta reestruturação, o CEO Steve Mollenkopf disse que empresa está "redimensionar a estrutura de custos e focar os investimentos em torno das oportunidades mais rentáveis, enquanto reafirma a intenção de devolver capital significativo aos accionistas e renovar o quadro de direcção".
Estas mudanças pretendem "mudanças significativas no curto prazo", afirma ainda Mollenkopf.
Segundo a Reuters, a empresa espera concluir esta revisão estratégica até ao final do ano.
(Notícia corrigida às 17h59)