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Presidente chinês defende que o país deve ter internet "independente"

O presidente da China disse que o país deve ter acesso à internet "independente", justificando assim a censura online. Xi Jinping defendeu que deve haver um "sistema de governo da internet global".

Xi Jinping é o 14.º Mais Poderoso 2015
Xi Jinping é o presidente da República Popular da China e só isso implica um poder central no universo das decisões das empresas estatais chinesas, algumas delas com um poder determinante na economia portuguesa, como é a EDP ou a REN. Por outro lado Portugal é hoje um centro privilegiado para as relações da China com a Europa e também com os países de língua oficial portuguesa. Tendo em consideração o peso do capital chinês na economia portuguesa, o poder de Xi Jinping é mais do que aparenta.
16 de Dezembro de 2015 às 14:13
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"Os países devem ter o direito individual de escolher independentemente o seu próprio modelo de governo do ciberespaço", defendeu Xi Jinping numa conferência sobre internet na China, escreve esta quarta-feira, 16 de Dezembro, o Financial Times.

 

O presidente chinês disse ainda que "nenhum país deve procurar ter hegemonia no ciberespaço", mas defendeu um "sistema multilateral, democrático e transparente de governo da internet global". Xi Jinping referiu que este sistema "inclui todos os países e não apenas alguns".

 

O Financial Times escreve que o Governo chinês está a ficar cada vez mais assertivo nos esforços para justificar a censura online. Até agora, o controlo do Governo da China à internet era escondido pelas autoridades chinesas, mas com Xi Jinping, a China tem-se mostrado cada vez mais à vontade a defender o tema. Xi Jinping tem também criticado o ocidente por impor uma norma de liberdade de expressão no mundo.

 

"O Governo chinês quer transformar a natureza de governação da internet, em parte para legitimar as limitações à liberdade na internet", disse ao Financial Times David Bandurski, investigador da Universidade de Hong Kong.

 

Esta é a segunda edição da conferência na cidade chinesa de Wuzhen, que foi lançada no ano passado como forma de o partido comunista chinês expor as suas ideias sobre a regulação da internet a uma audiência internacional. 

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