A Zalando, uma plataforma germânica que opera na área da moda e que vai abrir um centro tecnológico em Lisboa no primeiro trimestre, terá registado um EBIT (lucros antes de juros e impostos) e excluindo as compensações por acções, entre 209 milhões de euros e os 222 milhões de euros em 2017. Estes dados foram revelados pela própria Zalando, através da divulgação do relatório preliminar das vendas, e citada pela Bloomberg.

Este valor relativo às vendas no ano passado está em linha com as perspectivas dos analistas consultados pela Bloomberg. Além disso, estes números reflectem uma margem entre os 4,7% e os 4,9%. E as perspectivas são que, estes números, não sofram grandes alterações no decorrer deste ano uma vez que a companhia elegeu como prioridade expandir quota de mercado.

"Vamos continuar com um aumento das vendas entre 20% a 25%, o que significa que queremos acrescentar cerca de mil milhões de euros em novo negócio este ano", disse em entrevista à Bloomberg, Rubin Ritter, co-CEO da Zalando. "Para alcançar isso, vamos continuar a investir fortemente em logística, personalização dos nossos sites e aplicações, em novas marcas e no lançamento da nossa nova categoria de beleza – por isso não esperamos que a nossa margem cresça este ano", acrescentou.

A Bloomberg refere que, tal como outras plataformas especializadas, está a sacrificar os lucros para defender a sua posição face à expansão da Amazon. O co-CEO da empresa disse ainda à agência que a empresa prevê alargar as suas operações para além da moda. Pretende apostar também na área dos cosméticos e dos produtos de beleza no verão.

A Zalando nasceu em 2008 em Berlim. É uma das maiores retalhistas europeias e entrou para a bolsa germânica em 2014. Tem mais de 14 mil funcionários. As acções sobem por esta altura 2,51% para 45,71 euros.