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Philips Portuguesa diz «este ano já vamos ter resultados positivos»
A Philips Portuguesa anunciou hoje que «este ano já vamos ter resultados positivos» e que a facturação deverá atingir os «150 milhões de euros» disse ao Negocios.pt Gil Pereira, administrador delegado da empresa.
Gil Pereira, à margem da comemoração do 75º aniversário da Philips Portuguesa, disse ao Negocios.pt que «este ano já vamos ter resultados positivos, o que nos dá bastante satisfação no meio deste clima algo recessivo».
«2002 foi um ano de bons resultados comerciais, onde tivemos crescimentos moderados em relação com o ano anterior e estamos satisfeitos com isso, porque não foi um ano de grandes expectativas», reforçou o responsável.
O mesmo responsável referiu que «do ponto de vista de rentabilidade também foi um bom ano, ao contrário do ano passado e recuperámos de uma situação negativa fruto de alguma reestruturação que fizemos o ano passado».
Gil Pereira disse «com a cisão da parte industrial, há uma parcela significativa da facturação que já não vai ser Philips Portuguesa, o que é mais ou menos 50%», salientando que deverá atingir os 150 milhões de euros.
Philips aliena unidade de sistemas de observação e segurança à BoshGil Pereira anunciou que «ontem formalizamos a venda da unidade de CSS, que trata de sistemas de observação e segurança, ao Grupo Bosh. E para as outras unidades que continuam a laborar e para as quais pretendemos que desenvolvam negócio e que o Parque (Industrial de Ovar) se mantenha vivo, como tem estado ao longo de 32 anos».
Este ano foi marcado pela autonomização das fábricas em Ovar, onde «passaram a ser autónomas da Philips Portuguesa e passaram a ser propriedade da Philips Internacional e estamos a encontrar parceiros», reforçou o responsável.
Quanto ao encaixe da Philips Portuguesa, relativo a este negócio, Jaime Sá, responsável pelo Parque Industrial de Ovar, preferiu não adiantar valores.
Jaime Sá, relativamente a novos parceiros, disse ao Negocios.pt que «as conversações (para a realização de parcerias nesta área) já começaram há cerca de um ano e meio e existiram algumas áreas onde tivemos muito perto de firmar acordos, mas devido à crise (...) eles tiveram algumas dificuldades económicas nos seus resultados e acharam que não era altura para investir noutras actividades».
O responsável do Parque Industrial de Ovar afirmou ainda que «já tivemos quatro parceiros interessados. Estamos em negociações, mas é extremamente difícil, porque estas negociações passam por empresas multinacionais (...), e estas terão que pensar de quer forma é que com a integração destas unidades a estratégia mundial se via solidificar».
A Philips Portuguesa, apesar de não ter data definida para a conclusão deste processo, «vai passar o fim do ano» disse Jaime Sá.
«A Philips não vai deixar estas unidades caírem», sendo que o «que é importante é que nós possamos manter a actividade económica na região», concluiu o responsável.