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Pentágono pode fechar acordo de 10 mil milhões de dólares com a Amazon

Apesar dos últimos ataques de Donald Trump à Amazon, o Pentágono poderá vir a assinar um acordo de 10 mil milhões de dólares em serviços da cloud com a empresa de comércio electrónico.

Reuters
Raquel Murgeira raquelmurgeira@negocios.pt 05 de Abril de 2018 às 19:47

O Pentágono pode fechar um acordo com a Amazon relativo a serviços na cloud, segundo uma fonte próxima do negócio, citada no Business Insider. Isto apesar de Donald Trump ter culpabilizado o gigante do e-commerce pelo encerramento de "muitos milhares" de pequenos negócios a retalho norte-americanos, bem como de "pagar pouco ou nenhum imposto" aos governos estaduais. 

O Pentágono ainda não publicou oficialmente o vencedor do contrato de 10 anos de prestação de serviços na "nuvem" e de serviços de informática para o Departamento de Defesa americano, um programa que se chama Joint Enterprise Defense Infrastructure (JEDI).

No entanto, uma fonte próxima do negócio, citada no Business Insider, garante que a Amazon irá ficar com o contrato, estando já a preparar uma transição para o GovCloud, a infra-estrutura da empresa de comércio electrónico criada especialmente para uso governamental. "Não consigo imaginar alguma forma de este acordo ser travaddo", afirmou a mesma fonte.  

 

Apesar de tudo indicar que a Amazon irá assinar o contrato com o Pentágono, outra fonte contou ao Business Insider que nada está garantido e que caso a empresa de comércio electrónico seja a vencedora, não existirá acordo até ao final de Setembro.

O processo de selecção da empresa que irá tratar dos serviços de computação na nuvem e de informática do Departamento de Defesa dos EUA tem sido controverso, isto porque os rivais da Amazon têm feito apelos a Donald Trump para intervir no processo. No mesmo sentido, o CEO da Oracle, Safra Catz, um dos oponentes da gigante do e-commerce no contrato da JEDI, conversou num jantar com o presidente dos EUA com o intuito de que Trump atribua o contrato a mais do que uma empresa, de acordo com a Bloomberg.  

A Amazon Web Services é o maior fornecedor de serviços na "nuvem" nos EUA. Em 2013, a retalhista online já tinha ganho um contrato de serviços na cloud com a CIA no valor de 600 milhões de dólares. A Amazon Web Services é detentora de 44% do mercado da cloud, seguida pela Azure, da Microsoft, a quem cabe 7%, e do chinês Alibaba Group, com 3%, de acordo com os dados da empresa de estudos de mercado Gartner.

Esta possibilidade de negócio entre a Amazon e o Pentágono surge numa altura em que Donald Trump tem desencadeado vários ataques contra a empresa de comércio digital: "Ao contrário de outros, [a Amazon] paga pouco ou nenhum imposto aos governos estaduais e locais, usa o nosso sistema postal como moço de entregas (o que causa uma perda tremenda para os Estados Unidos) e está a acabar com muitos milhares de retalhistas", disse Trump na sua conta oficial do Twitter.

Apesar destes ataques por parte do presidente dos EUA, a decisão parece estar do lado do Pentágono, que pode optar por vários fornecedores de serviços na cloud ou apenas só uma empresa, como o que tem vindo a ser garantido. Isto porque não existem indicações de que Donald Trump esteja ou vá interferir com o processo, depois de a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, assegurar que Trump não está envolvido no negócio.

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