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Optimus diz desconhece accionista Thorn Finance
A Thorn Finance, empresa que comprou a posição de 25,49% na Optimus detida pela EDP, «ainda não contactou a administração» da terceira operadora móvel, disse ao Negocios.pt António Casanova, presidente da Optimus.
«É natural que uma empresa que tenha uma posição de 25,49% numa empresa queira conhecer a gestão. Mas não foi esse o caso», afirmou Casanova estranhando essa situação.
A Electricidade de Portugal (EDP) celebrou um contrato de venda com opção de recompra, que, entretanto, não exerceu, com a Thorn Finance, sociedade de direito luxemburguês cujos accionistas são desconhecidos. A operação envolveu um montante de 315 milhões de euros.
«Nunca houve contactos com a Thorn Finance», revelou Casanova que entende que aquela empresa deveria ter interesse «em conhecer a empresa, para saber o que vamos fazer».
A eléctrica nacional viu-se obrigada a alienar a sua posição na operadora móvel da SonaeCom [SNC] visto os operadores que garantiram uma licença de UMTS, que é o caso da ONI Way, o consórcio para a exploração da terceira geração móvel liderado pela ONI, não poderem deter uma posição superior a 10% numa empresa concorrente.
A EDP optou por vender a totalidade da posição mantendo a licença garantida pela operador móvel da ONI por si liderada, não exercendo a recompra no passado dia 22 de Setembro.
Contudo, a eléctrica mantém direito de preferência, caso a Thorn Finance queira alienar a terceiros essa posição.
A EDP teria interesse na recompra da posição na Optimus numa eventual consolidação entre a ONI e a SonaeCom, como admitiram os responsáveis de ambas as empresas. As negociações não chegaram a bom termo, mas os analistas acreditam que a operação ainda pode ocorrer.