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Netflix prevê queda do crescimento de assinantes no segundo trimestre
A Netflix, que fornece um serviço de "streaming" de televisão, reportou resultados acima do esperado no primeiro trimestre, mas as estimativas de uma debilitação do ritmo de crescimento de novos subscritores não agradaram ao mercado.
A norte-americana Netflix anunciou esta segunda-feira à noite, após o fecho da sessão bolsista, que o seu serviço de vídeo por assinatura atingiu os 81,5 milhões de subscritores a nível mundial. Isto porque os assinantes nos EUA aumentaram em 2,23 milhões no primeiro trimestre, superando as projecções dos analistas e as da própria empresa (que antecipava 1,75 milhões novos clientes).
A empresa liderada por Reed Hastings conquistou 4,51 milhões de clientes a nível internacional, no primeiro trimestre, depois se se expandir para 130 novos mercados entre Janeiro e Março. A Portugal chegou, recorde-se, no passado dia 21 de Outubro.
O resultado líquido da Netflix aumentou de 23,7 para 27,2 milhões de dólares (de 5 para 6 cêntimos por acção), em termos homólogos. Os analistas apontavam para um lucro por acção de 4 cêntimos.
Já as receitas cresceram 24%, de 1,57 para 1,96 mil milhões de dólares, contra projecções de 1,97 mil milhões.
Mas são as estimativas para o segundo trimestre que estão a penalizar mais a empresa na negociação fora de bolsa. A Netflix espera atingir no trimestre em curso 84 milhões de assinantes a nível mundial, ao conquistar dois novos milhões de subscritores. É menos do que o antecipado pelo mercado, que tinha a expectativa de ver crescer os clientes em 3,45 milhões.
Já os lucros deverão ser de 2 cêntimos por acção (contra 6 cêntimos no mesmo período de 2015), de acordo com as projecções da empresa.
As acções da empresa estão assim a cair em bolsa desde este anúncio. Depois de terem encerrado a negociação regular no mercado nova-iorquino a cederem 2,8% para 108,40 dólares, seguem agora na negociação fora de horas a afundar 8,7% para 98,98 dólares.