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Nações Unidas mantêm "sérias preocupações" sobre rede social Twitter

O património do CEO da Tesla foi reduzido em metade devido, em parte, à compra da rede social Twitter.
Dado Ruvic/Reuters
17 de Dezembro de 2022 às 13:54
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O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos saudou a decisão do proprietário do Twitter de reativar as contas suspensas de vários jornalistas, mas sublinhou que "persistem sérias preocupações" sobre a rede social.

O alto-comissário Volker Turk exortou Elon Musk, atual proprietário do Twitter, a "comprometer-se em tomar decisões baseadas em políticas acessíveis ao público e que respeitem os direitos, nomeadamente a liberdade de expressão".

Elon Musk anunciou, no próprio Twitter, que vai voltar a acolher vários jornalistas norte-americanos na rede social, depois de uma onda de críticas após a suspensão das suas contas.

Na quinta-feira, o Twitter suspendeu as contas de vários jornalistas de órgãos de informação como CNN (Donie O'Sullivan), New York Times (Ryan Mac) e Washington Post (Drew Harwell), e também de profissionais independentes.

Alguns dos jornalistas visados tinham escrito sobre a decisão do Twitter de suspender uma conta que seguia as viagens do jato particular de Elon Musk.

O dono do Twitter publicou uma série de mensagens a indicar que as contas envolvidas na divulgação na internet de informações pessoais sobre um indivíduo sem o seu consentimento "recebem uma suspensão temporária de sete dias" e indicou que as regras se aplicam aos jornalistas, "como a todos os outros".

Quando chegou ao Twitter, em outubro, Elon Musk prometeu manter a conta @ElonJet, que conta com 500 mil seguidores e foi criada por um estudante para seguir de forma automática os movimentos do avião particular do milionário.

Desde que comprou o Twitter, por 44 mil milhões de dólares (41,5 mil milhões de euros), Musk tem enviado mensagens contraditórias sobre o que é autorizado ou não na rede social.

Na sexta-feira, a União Europeia lembrou que há "linhas vermelhas" e ameaçou Musk com "sanções em breve", enquanto as Nações Unidas denunciaram "um precedente perigoso".
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