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Metade dos cibernautas falha protecção das palavras-chave

Um estudo da Kaspersky Lab evidencia vários comportamentos de risco dos utilizadores da Internet, como usar a mesma senha de acesso para várias contas, anotá-la em cadernos ou partilhá-la com familiares e amigos.

Kiyoshi Ota/Bloomberg
23 de Janeiro de 2018 às 15:54
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A Internet é habitada por dois tipos de pessoas, com raras excepções. Faz parte daquele grupo que escolhe palavras-chave tão complexas – e diferentes para cada conta – que depois tem dificuldade em recordar? Ou integra a legião dos que optam por uma combinação simples e (quase) única para todos os acessos, fácil de memorizar para o utilizador e… de ser também roubada por "hackers"?

 

Segundo um inquérito realizado pela Kaspersky Lab, 31% dos cibernautas têm um lote reduzido de palavras-chave que vão usando à medida que criam novas contas, por exemplo de e-mail, em redes sociais ou numa loja online. Usar um modelo ou um padrão regular que vão modificando para criar novas senhas é a opção de 13%, enquanto 10% assumem mesmo ter uma senha única que, caso seja roubada, dá acesso a todas as contas daquele utilizador.

 

Independentemente da escolha, o "Consumer Security Riscks Survey 2017" aponta que mais de metade (51%) dos cibernautas guarda as suas palavras-chave de forma insegura, escrevendo-as, por exemplo, em cadernos ou outros suportes de fácil acesso. E quase quatro em cada dez admitem que não seria fácil recuperar as "passwords" de contas pessoais, se perdessem o dispositivo móvel, como o smartphone ou o tablet.

 

Além disso, embora os mais de 21 mil inquiridos (513 deles em Portugal) pela empresa de cibersegurança reconheçam que as palavras-chave são cada mais valiosas – dão acesso a pagamentos online, a informação financeira e a outros dados pessoais sensíveis –, admitem outros comportamentos de risco, como partilhá-las com familiares (29%), amigos (11%) e colegas de trabalho (5%).

 

O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) aconselha incluir letras maiúsculas e minúsculas, números e outros caracteres especiais, assim como utilizar palavras-chave "distintas e mais complexas de acordo com a importância do site e da informação nele tratada". Nos cuidados a ter para se proteger dos cibercriminosos, este organismo sugere também "não [usar] nomes comuns, como a sua equipa favorita ou os artistas do momento e, especialmente, nunca [divulgar] a ‘password’ se lhe telefonarem para casa".

 

Ora, as respostas recolhidas pela Kaspersky Lab num total de 32 países mostram ainda que 17% dos utilizadores enfrentou uma ameaça ou foi mesmo alvo de "hacking" nas suas contas de e-mail, redes sociais, bancárias e jogos nos 12 meses anteriores à resposta, dada em Agosto de 2017. As palavras-chave (50%) surgem precisamente no topo das preocupações dos utilizadores, que temem ainda o acesso a dados relativos à sua localização (46%) e informação financeira (38%).

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