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Magnata indiano da internet é a nova pedra no sapato da Zoom
A Zoom, um dos poucos casos de sucesso na pandemia de covid-19, enfrenta agora uma nova aplicação concorrente financiada por Mukesh Ambani, a pessoa mais rica da Ásia.
A Reliance Industries, de Ambani, que atraiu milhares de milhões de dólares em investimentos de gigantes como o Facebook e a Intel para os seus negócios digitais, lançou a aplicação de videoconferência JioMeet após o teste beta. A aplicação já foi descarregada mais de 100 mil vezes na Google Play Store desde que foi disponibilizada na quinta-feira à noite.
Como o Google Meet, Microsoft Teams e outros serviços, a JioMeet oferece chamadas ilimitadas de alta definição - mas, ao contrário da Zoom, não impõe limite de tempo de 40 minutos. As chamadas podem durar até 24 horas e todas as reuniões são criptografadas e protegidas por senha, disse a empresa no site da JioMeet.
O lançamento coincidiu com a proibição, por parte da Índia, de dezenas de aplicações populares de gigantes da tecnologia chinesas, incluindo a TikTok, da ByteDance, e a UC Web, da Alibaba, por ameaçarem, alegadamente, a segurança e a privacidade dos dados. Na sexta-feira, a JioMeet tornou-se viral nas redes sociais ao lado da hashtag #MadeinIndia.
A aplicação integra o império digital em rápida expansão de Ambani, que inclui a maior operadora de telecomunicações da Índia, com quase 400 milhões de utilizadores. Na sexta-feira, a Reliance anunciou que a Intel Capital investiu 253 milhões de dólares na Jio Platforms, uma unidade do conglomerado de Ambani. O braço da fabricante de chips dos EUA é o 11º investidor desde abril a anunciar financiamento para a plataforma de serviços digitais, que já levantou cerca de 1,2 biliões de rupias (cerca de15,7 mil milhões de dólares).
"A JioMeet será um disruptor muito confiável no segmento", disse Utkarsh Sinha, diretor da consultora Bexley Advisors. "Só o facto de não ter limites de tempo nas ligações faz com que seja um sério concorrente para a Zoom".