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Lyft tenta tranquilizar investidores dizendo que prejuízos vão diminuir em 2020

A norte-americana Lyft, que se estreou em bolsa no passado dia 29 de março, reportou na terça-feira, após o fecho de Wall Street, as suas contas do primeiro trimestre. Receitas ficaram acima do estimado mas prejuízos foram superiores a todo o ano de 2018.

Reuters
08 de Maio de 2019 às 01:04
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A Lyft, rival da Uber que actua apenas nos Estados Unidos, reportou esta terça-feira à noite as suas contas, já depois do fecho de Wall Street, tendo sido o seu primeiro relatório financeiro desde que entrou em bolsa. Mas os números não agradaram aos investidores.

 

A empresa reportou perdas de 1,14 mil milhões de dólares entre janeiro e março, valor que excedeu os prejuízos totais de 2018.

 

A Lyft tentou tranquilizar os investidores, dizendo que as perdas vão diminuir em 2020, mas as ações seguem em baixa na negociação fora de horas nos EUA. O diretor financeiro da empresa, Brian Roberts, declarou que 2019 será o ano-pico para as perdas da empresa, que a partir do próximo ano começarão a ser menores.

 

As receitas, por seu lado, cresceram 95% para 776 milhões de dólares, superando as estimativas do consenso de mercado em 38 milhões de dólares.

 

Para o segundo trimestre, atualmente em curso, a empresa estima vendas entre 800 e 810 milhões de dólares, quando os analistas inquiridos pela Bloomberg apontavam para um valor médio de 782 milhões.

 

No entanto, as projeções para a faturação não estão a ser suficientes para levantar a Lyft em bolsa.

Desde o IPO, no passado dia 29 de março, os títulos acumulam uma desvalorização de 18%. Esta terça-feira encerraram a cair 2,03% para 59,34 dólares, e seguem agora a recuar 2,97% na negociação do "after-hours", para 57,58 dólares.

 

A empresa estreou-se em bolsa a um preço fixado em 72 dólares por ação, o que a avaliou em 24,3 mil milhões de dólares. Na oferta pública inicial (IPO) angariou 2,34 mil milhões de dólares e disse ter avaliado 32,5 milhões de ações (mais do que estava inicialmente a oferecer) em 72 dólares.

O valor por ação definido no IPO foi suplantado no dia da estreia em bolsa, com a Lyft a disparar 21% para 87,24 dólares. Mas, desde então tem vindo a perder terreno.

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