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Justiça norte-americana investiga Apple por tornar iPhones mais lentos

A chamada "obsolescência programada" levada a cabo pela Apple, que torna mais lentos os iPhones mais antigos, está a ser alvo de investigação por parte das autoridades dos EUA.

Em Setembro de 2016 foi lançado o último iPhone, o 7, à prova de água e de pó. E com uma bateria mais resistente que o modelo anterior.
Reuters
30 de Janeiro de 2018 às 18:24
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O Departamento norte-americano da Justiça e a Securities and Exchange Commission, órgão regulador do mercado de capitais dos EUA equivalente à CMVM em Portugal, abriram uma investigação à Apple para determinarem se a empresa violou a legislação sobre a publicação de informação relevante acerca de um software de actualização que torna mais lentos os modelos do iPhone.


A informação foi avançada à Reuters por fontes conhecedoras do processo, que dizem que o governo norte-americano também pediu informações à tecnológica sediada em Cupertino, na Califórnia.


A investigação à empresa liderada por Tim Cook está ainda numa fase inicial e é ainda cedo para antecipar o que poderá acontecer em seguida.

As acções da Apple seguem a cair 1,43% para 165,57 dólares, depois de ontem terem já encerrado a perder 2,07% para 167,96 dólares - depois de ter sido reportado pela agência Nikkei que a empresa vai reduzir para metade a sua meta de produção do iPhone X nos três primeiros meses do ano, para cerca de 20 milhões de unidades.

Em finais de Dezembro foi anunciado que a Apple enfrenta vários processos depois de dizer que programa a desactualização de determinados modelos dos iPhone.


Os oito processos intentados em tribunal - a França foi a mais recente a fazê-lo, em inícios de Janeiro - dizem assim respeito à chamada "obsolescência programada", pela qual se acusa a Apple de reduzir voluntariamente as capacidades e a duração de vida dos seus smartphones através do sistema de actualizações.


A "obsolescência programada" é a decisão do produtor de propositadamente desenvolver, fabricar, distribuir e vender um produto para consumo de forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração do produto.


A confirmação dos problemas do desempenho dos seus smartphones aconteceu depois de ter sido publicado um estudo da Primate Labs que concluía que, com o passar do tempo, o iPhone ia ficando mais lento despropositadamente. Depois de o estudo ter sido noticiado, começaram a chover criticas à empresa da maçã, o que a levou a pedir publicamente desculpas.

Após o pedido de desculpas, a Apple, para se redimir, cortou os preços das substituições de bateria nas suas lojas, para 29 dólares - o que correspondeu a um desconto de 50 dólares.

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