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Jeff Bezos levanta dúvidas sobre se China ganha influência com Musk a comprar o Twitter

O fundador da Amazon escolheu o Twitter para questionar se, com Elon Musk a comprar a rede social, a China poderá ganhar alguma influência. Uma boa parte dos negócios de Musk diz respeito à China.

Jeff Bezos vai deixar a função de CEO na Amazon, passando a pasta a Andy Jassy.
Clodagh Kilcoyne/Reuters
26 de Abril de 2022 às 10:39
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Com o anúncio de que Elon Musk vai mesmo comprar o Twitter, por um valor de 44 mil milhões de dólares, várias vozes levantam dúvidas sobre o que poderá mudar na rede social - incluindo no que diz respeito à política de moderação de conteúdos. 


Uma dessas vozes é a de Jeff Bezos, o fundador da Amazon e o segundo homem mais rico do mundo. Bezos recorreu ao Twitter para questionar se, com esta compra por parte de Musk, a China poderá ganhar alguma influência nesta área. Vale a pena recordar que esta rede social está bloqueada no mercado chinês. 


Citando um tweet onde era referida a ligação da Tesla, empresa de Elon Musk, ao mercado chinês, Bezos questionou se "o governo chinês ganhou um pouco de influência" com esta ligação e o que mudará mudar. 



"A minha própria resposta a esta questão é que provavelmente não. O resultado mais provável nesta questão é em complexidade na China para a Tesla, mais do que em censura no Twitter", escreveu o multimilionário. "Mas vamos ver. Musk é extremamente bom a navegar este tipo de complexidade", rematou Bezos. 


A defesa da liberdade de expressão tem sido utilizada por Elon Musk, dono da Tesla e da SpaceX, como uma das bandeiras para justificar esta aquisição. No entanto, os ativistas políticos antecipam que possa vir a existir menor moderação de conteúdos, que poderá até abrir a porta ao regresso de pessoas como Donald Trump ao Twitter. 


Elon Musk tem tido um percurso marcado por polémicas no Twitter, tendo criticado amplamente a moderação de conteúdos nesta rede social. Depois do anúncio da operação, Musk disse "espera que até os maiores críticos continuem no Twitter, porque isso é que é liberdade de expressão". 


Por sua vez, a China nega o interesse de utilizar a influência junto de Musk para ganhar espaço no Twitter. Pelo menos foi essa a declaração feita pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin.

Elon Musk anunciou a 14 de abril o interesse em comprar o Twitter, oferecendo 54,2 dólares por ação da companhia. Numa primeira fase, a administração do Twitter rejeitou esta oferta, mas as negociações ganharam força ao longo do último fim-de-semana. Esta segunda-feira o Twitter anunciou que vai mesmo ser comprado por Elon Musk, por um montante de 44 mil milhões de dólares. 

Esta segunda-feira, numa reunião com os empregados sobre esta venda, Parag Agrawal, CEO do Twitter, antecipou que "neste momento" não há planos para despedimentos na rede social. 

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